Criada pela gestão do governador Jorginho Mello, a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, liderada por Marcelo Fett, ganhou reforço para a área de formação para profissionais do futuro e negócios inovadores da pasta.
Cristiane Iata, ex-head de talentos da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), que assumiu a posição, conta ao Economia SC Drops quais os desafios e como o trabalho de capacitação de profissionais do futuro será feito. Confira abaixo:
Como foi receber o convite para assumir essa função na Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação?
Cristiane: O convite foi recebido com alegria e um grande senso de responsabilidade. É uma oportunidade para fazer a diferença e impactar na vida das pessoas no nosso estado. Como a tecnologia é transversal, as oportunidades de trabalho são enormes. Com a qualificação das pessoas, elas terão mais chances de ocupar as vagas existentes nas empresas catarinenses. A carreira na tecnologia tem salários mais altos do que as carreiras tradicionais. Uma pessoa que inicia a carreira na tecnologia tem a capacidade de mudar sua vida, impactar no seu entorno e, consequentemente, a sociedade também será impactada.
Quais os principais desafios no estado para a formação de profissionais do futuro?
Cristiane: O estado é imenso e tem particularidades regionais. As necessidades das empresas refletem essas diferenças. Então, a formação de profissionais para ocupar as vagas deve observar tais necessidades. Além disso, como trabalharemos numa jornada para formação das pessoas, teremos que trabalhar alinhados com outros órgãos, como por exemplo, a secretaria de educação. Por fim, a viabilização de recursos para as formações e a estruturação de um projeto que se perpetue ao longo do tempo são fatores críticos de sucesso para a formação de profissionais do futuro.
Como a pasta e sua liderança pensam em formar esses profissionais? Já existe um projeto ou programa em desenvolvimento?
Cristiane: Vamos sempre pensar em uma jornada de formação de pessoas para a tecnologia. O que significa que haverá formações para despertar as pessoas para a tecnologia, formações para os primeiros passos, ou seja, para quem já sabe que quer iniciar uma carreira na tecnologia e não tem ideia de por onde começar e formações profissionalizantes, nas quais a saída é um profissional pronto para ser contratado pelas empresas. O projeto está em fase de estruturação e estamos discutindo cada uma dessas etapas com potenciais parceiros formadores de talentos.
Quais as habilidades necessárias para um profissional do futuro?
Cristiane: Vou listar as três mais importantes, de acordo com uma pesquisa realizada com as empresas pela ACATE em 2021: capacidade de resolver problemas, trabalho em equipe e proatividade. Aqui eu chamo a atenção para o fato de que não tem mais aquela visão do profissional de TI ser um nerd que trabalha sozinho. Eu sempre reforço para as pessoas que não vai adiantar nada elas serem, por exemplo, o melhor desenvolvedor do mundo se elas não souberem trabalhar em equipe.
Qual é a meta da pasta para esses anos de governo na formação de novos profissionais?
Cristiane: Estamos fazendo algumas análises nesses primeiros 15 dias e levando em conta as demandas de cada mesorregião do nosso estado. A partir dessa análise, teremos as metas para todos os anos desse governo.
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