Com mais de 650 clientes de grande porte e expectativa de faturar R$ 50 milhões este ano, a Paytrack pretende se tornar, até 2025, a principal solução ligada a viagens e despesas corporativas na América Latina.
Fundada em 2016, em Blumenau, a empresa ampliou seu escopo de atuação nos últimos anos, combinando tecnologia e prestação de serviço.
“Vimos como oportunidade aumentar o portfólio e ajudar o cliente a centralizar os processos, numa visão one stop shop para despesas e viagens corporativas“, destaca a CEO da empresa, Daniele Amaro.
Por meio das ferramentas, é possível organizar adiantamentos, prestações de contas, reembolsos, verbas de marketing, despesas de lojas e filiais e até mesmo de home office, além da compra de serviços e de todos os lançamentos relativos a viagens corporativas.
Durante os 5 primeiros anos de existência, era somente a ferramenta de reservas online e, nos últimos 18 meses, a companhia passou a fazer também a gestão de emissão de passagens aéreas, reservas de hotel, aluguel de carros no local de destino, entre outras demandas.
“Inicialmente, resistimos a entrar nessa frente, mas fomos convencidos pelos clientes, que demandam novos processos e conexões com inúmeros fornecedores para serviços de viagens. Entendemos que é mais uma proposta de valor: entregamos o processo de ponta a ponta, reduzindo intermediadores e trazendo oportunidades de melhores preços em serviços de viagens“, complementa.
O serviço de agência já representa 8% do faturamento e a projeção é que, até 2024, passe a representar 35%.
Em paralelo, a empresa também fornece ferramentas como carteira digital, cartão corporativo, e tecnologia para controle e auditoria do uso pelos colaboradores de aplicativos de mobilidade urbana. As soluções contam com integrações com os principais sistemas de RH, ERP, CRM, entre outros.
Nos anos de pandemia, a Paytrack foi uma das empresas que nadou contra a maré, prosperando em um cenário aparentemente adverso: em 2020, a empresa cresceu 94%, fechando o ano com 45 colaboradores.
Diversas organizações reestruturaram e digitalizaram processos de despesas e reembolsos que, com a popularização da adoção do home office, se tornaram uma demanda crescente.
“Foi uma oportunidade de nos destacarmos com serviços digitais diante de um mercado tradicional, que declinou. Como entregamos um pacote completo de serviços para as empresas, não dependíamos necessariamente de vender passagens aéreas para crescer“, ressalta a empresária.
Em 2021, a empresa chegou a receber um aporte de R$ 8,5 milhões, em uma rodada de investimentos liderada pelo fundo norte-americano Parceiro Ventures. O dinheiro foi investido em aumentar o time e estruturar especialmente as equipes de marketing e vendas. Parte do montante também foi destinado a desenvolvimento de produto.
Hoje, 25 mil usuários já acessam a plataforma diariamente e o número de colaboradores da companhia cresceu para mais de 200 funcionários.
Até o final do ano, a meta da scale-up é aprimorar os produtos existentes com o olhar da experiência do usuário; focando em facilidade de uso e de onboarding, e oferecendo a melhor experiência do mercado para o colaborador-viajante. O aperfeiçoamento da gestão de dados dentro da plataforma é outro objetivo.
“Cada vez mais nossos clientes têm demonstrado abertura para transformar seus processos no que diz respeito a viagens corporativas. Vejo uma evolução muito significativa nos atuais gestores, que estão em busca de desburocratização e de novas tecnologias – algo que víamos muito menos antes da pandemia. As organizações estão mais focadas em olhar para o futuro e provocar mudanças reais. Para empresas de base tecnológica como a nossa, esses novos paradigmas não podiam ser mais positivos“, conclui.