A discussão sobre os malefícios e os prejuízos ambientais causados pelo plástico já ocorre há décadas. Conforme dados da WWF, o Brasil produz anualmente cerca de 11 milhões de toneladas de lixo de origem plástica e, deste montante, menos de 2% é reciclado. A busca por soluções para esse problema é contínua. Porém, as alternativas apresentadas até o momento estavam longe de serem eficazes em virtude dos aditivos utilizados e resíduos gerados.
Nesse sentido, a Viva Embalagens, empresa de Blumenau com mais de 20 anos de atuação, está produzindo sacolas, envelopes de e-commerce e sacos industriais 100% compostáveis, por meio do bioplástico.
O diretor comercial da empresa, Guilherme Tancon, explica que o principal componente utilizado na produção do bioplástico é o PLA (polímero de ácido láctico), que tem como matéria-prima principal vegetais como milho, mandioca, batata e beterraba. Por isso, utiliza-se a expressão “esse plástico é planta”.
“A grande vantagem do bioplástico, de acordo com as certificações BPI dos Estados Unidos e a TÜV da Áustria, é ser totalmente compostável e se decompor em matéria orgânica em até 180 dias. Ou seja, os produtos são plantas do começo ao fim do ciclo e, por fim, tornam-se adubo, sem gerar microplásticos e auxiliando na redução do volume de resíduos acumulados em aterros e depositados na natureza”, explica.
Ele lembra que a preocupação com o meio ambiente já está na cultura da empresa:
“Desde a fundação da empresa tivemos preocupações socioambientais, atuando em ações como o descarte certificado homologado, energia 100% renovável, selos de qualidade reconhecidos no mercado, sempre buscando soluções eficazes para os clientes e garantindo um mundo mais sustentável”.
Recentemente, a empresa investiu mais de R$ 5 milhões em estudos e equipamentos que agregam soluções sustentáveis e despontam a empresa quando o assunto é a economia circular. Para ele, a empresa está preparada para atender as demandas que estão recebendo.
“Estamos sendo procurados por diversas empresas que possuem em seu DNA, assim como a Viva, a sustentabilidade com a elaboração de produtos como sacolas para o varejo em geral, envelopes de segurança para utilização em e-commerce, sacos de camisaria para indústrias de moda, entre outros”, complementa.
A matéria-prima biodegradável e compostável é uma tecnologia desenvolvida pela Earth Renewable Technologies (ERT), primeira fabricante de biopolímeros compostáveis do Brasil.
Feita a partir de cana-de-açúcar, amido ou outros materiais compostáveis, a sua resina é certificada pelo BPI USA e pelo TUV Áustria, maior órgão certificador internacional que segue a normativa europeia EN 13432 de requisitos de compostabilidade.
“Não se trata simplesmente de um saco, mas sim um compromisso com o futuro. Afinal, ao término do ciclo, esta embalagem se torna adubo, que pode participar da geração de uma nova planta, fechando o ciclo de vida de maneira sustentável”, conclui.
