Por Cadu Lopes, CEO da Doctoralia Brasil, Peru e Chile e Feegow Clinic.
Arrisco a dizer que a saúde é uma das áreas mais promissoras à utilização da IA generativa. Isso porque a tecnologia tem o potencial de revolucionar a forma como diagnosticamos, tratamos e prevenimos doenças, gerando imagens, textos, áudio e até mesmo vídeos com base em um conjunto de dados de entrada.
O impacto no diagnóstico médico é certeiro. Por exemplo, os algoritmos generativos podem ser treinados em grandes conjuntos de imagens médicas para criar ilustrações sintéticas de alta qualidade que representam uma variedade de condições médicas. Isso pode ser especialmente útil em situações onde o acesso a imagens reais é limitado, e vai ajudar os especialistas a fazer diagnósticos mais precisos e rápidos.
Prova disso é o estudo da Microsoft, publicado em 2023, que destaca avanços significativos na precisão da IA generativa, alcançando uma taxa de acerto de 90,2% em desafios médicos complexos. Em complemento, em julho do ano passado, cientistas apresentaram o CoDoC, um sistema que orienta os profissionais da área na escolha entre a IA e técnicas tradicionais para diagnósticos, reduzindo os fluxos de trabalho clínicos em 66%. Ou seja, embora ainda haja desafios, os avanços estão impulsionando melhorias na performance dos profissionais de saúde.
Além desses pontos citados acima, temos que levar em consideração questões relacionadas à segurança dos dados, privacidade do paciente e acesso aos benefícios da tecnologia, pois elas devem ser cuidadosamente consideradas e abordadas. Com isso, é importante garantir que a IA generativa seja usada de forma ética e responsável, com a devida supervisão e regulamentação.
Por fim, posso concluir que os impactos potenciais da IA generativa no diagnóstico, tratamento e descoberta de medicamentos oferecem esperança para muitas pessoas em todo o mundo que lutam contra doenças crônicas e fatais. No entanto, à medida que exploramos as inúmeras possibilidades dessa tecnologia, é crucial lembrar que ela é apenas uma ferramenta, que deve ser usada com responsabilidade, ética e em benefício da humanidade como um todo, mas que se usada de maneira correta, trará ganhos significativos tanto para os profissionais da saúde, trazendo mais assertividade nas análises clínicas, como para os pacientes podendo aumentar as chances de cura.