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A Capital Nacional das Startups pode ir ainda mais longe

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Foto: Expoinovação/divulgação.

No início do mês celebramos a sanção do Projeto de Lei 4987/2019, que oficializou Florianópolis como a Capital Nacional das Startups. Sem dúvidas é uma honra e um reconhecimento pelo trabalho de tantas pessoas que, há décadas, incentivam a inovação e a modernização da cidade. Não é à toa que Florianópolis ganhou o apelido de “Ilha do Silício” e passou a ser vista com outros olhos por empreendedores do mundo inteiro.

Na ACATE (Associação Catarinense de Tecnologia) posso destacar dois projetos que fomentam diariamente o mundo das startups: o MIDITEC e o LinkLab. O primeiro, mantido com apoio do Sebrae Startups, desde 1998 já apoiou mais de 300 empresas inovadoras como RD, Ahgora, Pixeon, Knewin e Prevision. O projeto nasceu em Florianópolis e, posteriormente, a metodologia foi aplicada em incubadoras nos demais polos do Estado. O MIDITEC foi eleito em três oportunidades — a mais recente delas no começo de 2023 — um dos cinco melhores programas de incubação do mundo pelo UBI Global World Rankings of business incubators and accelerators. Em âmbito nacional, foi considerada por quatro vezes a melhor incubadora do país pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).

Já o LinkLab é uma forma de abrir as portas da tecnologia para outros segmentos e também para fora de Santa Catarina. Com uma estratégia de inovação aberta, unimos empresas de diferentes setores com soluções apresentadas por startups do Brasil inteiro. Podemos ver as ideias sendo colocadas em prática e ajudando a resolver desafios do dia a dia em empresas privadas ou órgãos públicos, como projetos recentes que o LinkLab realizou com a Fiocruz no Ceará ou com a Embratur, em busca de melhorias para aeroportos de todo o país.

É justamente esse olhar para fora dos limites geográficos que defendo para a ACATE e para a inovação catarinense. No artigo passado, citei que Santa Catarina tem potencial para ser um player global de inovação, e o título de Capital Nacional que Florianópolis ganhou deve ser mais um motivador para isso. Mais que um reconhecimento no Brasil, há potencial para tornar a cidade ainda mais relevante internacionalmente.

Para isso existem uma série de desafios que precisamos superar, é claro. O capital privado ainda está mais centralizado em São Paulo e existem gargalos de infraestrutura que ainda dificultam a concretização de uma gama maior de negócios em Florianópolis. Por outro lado, trabalhamos para manter os avanços conquistados em relação a políticas públicas de incentivo à inovação em nível local e estadual, além das parcerias criadas com órgãos e entidades que ajudam a fomentar o ecossistema catarinense.

Isso já está aparecendo para o mundo. Em agosto, no Startup Summit, tivemos a honra de receber uma comitiva do Canadá e, por mais de uma vez, disseram que Florianópolis é “a Los Angeles do Brasil”. Durante o evento, representantes de 12 países diferentes estiveram em Florianópolis e buscaram conhecer, aprender e fazer negócios com o ecossistema catarinense, isso sem contar com os milhares de visitantes do Brasil inteiro que participaram dos três dias de Summit e, de alguma forma, também interagiram com a ACATE e viram de perto o trabalho feito aqui.

Eventos como o Startup Summit fazem parte de uma extensa programação que movimenta o ecossistema de inovação em Florianópolis. Outro exemplo é o Floripa Conecta, que leva esse ambiente para diferentes pontos da cidade com uma união de tecnologia, cultura e empreendedorismo. E por que não falar da forma como os Centros de Inovação se tornaram parte da cidade, como pontos de encontro? O CIA Primavera, na SC-401, onde fica a sede da ACATE, já é um ponto consolidado na rotina da ilha, e locais mais novos como o CIA Downtown e o Passeio Sapiens também estão se integrando ao cenário e ajudando a desenvolver novas ideias e negócios.

Temos em Florianópolis um DNA da inovação, e o título conquistado nacionalmente deve ser um lembrete diário para que a cidade não se acomode no ambiente criado hoje e vislumbre uma expansão ainda mais ampla.

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Presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE).

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