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Janeiro sem sufoco: dicas para evitar a ressaca financeira 

Foto: divulgação

Por Diogo Angioleti, especialista em finanças e comportamento do Sistema Ailos.

Você sabia que quase 80% das famílias brasileiras entram janeiro endividadas? É o que mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, feita mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio.  A euforia das festas pode virar aperto no início do ano.  

O ciclo se repete: final de ano se empolga com os gastos, usa todo o 13º salário e em janeiro chegam as contas sazonais (aquelas que acontecem de tempos em tempos). Os materiais das crianças, um contrato que atualiza, o licenciamento do veículo e toda aquela alegria do final do ano vira ansiedade no começo do seguinte. Mas calma que vou te dar dicas para começar agora e se manter bem o ano todo. 

Faça um mapa dos gastos que acontecem em somente em alguns meses do ano, pegue papel ou planilha e coloque mês a mês seu gasto real considerando esses meses específicos, inclusive o quanto vai limitar de gastos para meses de aniversário acumulado, fim de ano e tudo mais. Para chegar até aqui, você já deve saber certinho seus gastos mensais, né? 

É possível ter mais paz se você tiver previsibilidade, ou seja, conseguir ter realmente diante dos seus olhos sua realidade. Se for de dívida, é preciso avaliar negociações ou empréstimos, mas sem se endividar mais do que pode. Comece a quitar as de juros mais altos e evite viver a ressaca o ano todo. 

Defina limites de gastos no final do ano, e respeite o teto de gastos mesmo diante de promoções e tentações de consumo. Você está no controle! Reserve a maior parte do 13º para contas de Ano Novo, considerando-o como “já comprometido” e não como “bônus” de final de ano. As famílias aumentam muito os gastos no final de ano e usam geralmente o cartão de crédito. Segundo a Confederação Nacional do Comércio, em quase 80% das casas brasileiras com endividamento, o aumento ocorre por compras para o Natal e liquidações de Ano Novo. 

Dica de ouro: crie um fundo de emergência. Reserve um valor fixo todo mês para imprevistos ou gastos maiores para final de ano. Isso evita que qualquer gasto extra vire dívida. 

O segredo é planejar e criar bons novos hábitos. Antes de comprar, pergunte-se: “Eu preciso ou estou sendo levado pela emoção?”. Essa simples reflexão evita gastos desnecessários. Janeiro não precisa ser um sinônimo de aperto: quando o 13º salário e os gastos forem vistos de forma estratégica e previsível, o susto passa e você tem uma vida financeira mais tranquila e no azul. 

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