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Sul concentra maior índice de pessoas que fazem planejamento financeiro no Brasil

Foto: Wayhome Studio/AdobeStock

A Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), entidade sem fins lucrativos, acaba de fazer uma pesquisa para identificar o nível de conhecimento e aplicação prática do planejamento financeiro na vida do brasileiro.

O levantamento foi realizado em maio e ouviu pessoas de todas as faixas etárias, de 16 a mais de 60 anos de idade.

Do universo pesquisado, 71,9% afirmaram saber o que é um planejamento financeiro, conhecimento que ficou mais evidente na faixa etária de 25 a 59 anos, com índice acima de 77%, na média.

Entre os que desconhecem esse tipo de planejamento, São Paulo concentra o maior número de pessoas, com 37,1%, seguido do Distrito Federal (28,3%) e Rio de Janeiro (25,7%).

Partindo do conhecimento para a prática, 64,6% dos entrevistados disseram fazer planejamento financeiro, principalmente aqueles acima de 45 até 59 anos, faixa que atingiu 73,3% de afirmação, e com maior concentração na Região Sul, acima de 75,1%. Em São Paulo, foi registrado o pior índice, com 44%.

Com relação aos objetivos, os pesquisados afirmaram fazer planejamento financeiro para organizar as finanças (46,2%), evitar o endividamento (41%), se preparar para a aposentadoria (18,6%), para investir (18,6%), comprar imóvel (14,2%), sair do endividamento (9,8%) e comprar veículo (7,4%).

Paraná e Santa Catarina concentram o maior número de pessoas que buscam a organização das finanças. Também é no Paraná, juntamente com o Rio Grande do Sul, onde estão as que mais querem evitar o endividamento.

A pesquisa identificou que os homens, de 25 a 34 anos, são os mais preocupados em organizar as finanças (51,1%), enquanto as mulheres, na faixa de 35 a 44 anos, estão mais voltadas a evitar o endividamento (45,3%).

Para os que não fazem planejamento financeiro, a “falta de disposição” é o principal motivo, apontado por 25,2% dos entrevistados, principalmente na faixa de 35 a 44 anos, que teve índice de 32,5%.

O segundo motivo foi “não tenho renda suficiente” (14,4%), seguido de “não sei como fazer” (13,4%), “não tenho tempo” (12,9%) e “estou endividado” (9,9%). Do total, 18,3% optaram por “não sabe/não respondeu”.

No Rio Grande do Sul se encontra o maior número dos que afirmaram estar endividados, com 33,3%, mesmo índice dos que “não têm tempo” no estado, opção na qual Minas Gerais ficou em segundo lugar, com 29,4% dos respondentes. A falta de disposição foi mais presente entre os paranaenses (55,6%), catarinenses (50%), brasilienses (38,9%) e gaúchos (33,3%).

Entre os entrevistados que fazem planejamento financeiro, 28,9% disseram contar com algum tipo de auxílio, sendo que a grande maioria (53,8%) recorre a parentes ou amigos, seguidos pelo gerente do banco (16%), a plataforma financeira (12,3%), o agente ou consultor autônomo (10,4%). Os jovens, de 16 a 24 anos, são os que mais buscam essa ajuda (32,3%), seguidos por quem tem mais de 60 anos (30,2%). 

Para Osvaldo Cervi, diretor executivo da Planejar, esses resultados mostram que há uma enorme oportunidade de ampliar a educação financeira no país, sobretudo mostrando a importância que o planejamento financeiro tem na transformação da vida das pessoas:

“É fundamental desmistificar a ideia de que planejamento financeiro é indicado somente para pessoas e famílias com alto poder aquisitivo. Na verdade, o planejamento deve fazer parte da vida de todo cidadão, porque sua compreensão aumenta sua autonomia, melhorando sobremaneira as decisões que tomam e, por consequência, sua qualidade de vida. Acreditamos que o planejamento financeiro transforma a vida das pessoas e o planejador financeiro certificado CFP® é o profissional mais bem preparado para auxiliá-las nesse caminho”.

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