De acordo com dados do relatório produzido em parceria por We Are Social e Hootsuite, os brasileiros passam cerca de 3 horas e 42 minutos por dia conectados às redes sociais.
As mais usadas são Facebook (130 milhões de usuários), YouTube (127 mi), WhatsApp (120 mi) e Instagram (110 mi).
Conforme o próprio Facebook, em relatório de julho deste ano, mais de 2,7 bilhões de pessoas usam alguma das redes sociais da empresa diariamente, em todo o mundo.
Na tarde desta segunda-feira, dia 4, três dessas redes ficaram fora do ar por aproximadamente 7 horas.
Para muitos negócios, o apagão do WhatsApp, Instagram e Facebook, trouxe prejuízos, conforme comenta Irene Silva, CEO da Ellevo.
“Quem usa as redes sociais como principal forma de vendas, atendimento e contato com os clientes, ficou praticamente sem faturar ontem”.
Um dos grandes desafios da empresa ao começar o trabalho em um novo cliente é justamente conscientizar sobre os problemas que a dependência das redes sociais trazem para a gestão dos negócios.
“Sempre alertamos nossos clientes e todos aqueles que querem fazer uso de ferramentas de mídia social em seus negócios, dos riscos inerentes a essa dependência. Infelizmente, ontem o problema foi exposto em larga escala mundial”, destaca a empresária.
Ela ainda orienta que as redes sociais sejam apenas um ponto de contato das marcas com os seus públicos, uma vitrine, e que a gestão dos contatos gerados ali seja direcionada sempre para uma solução mais robusta e confiável:
“É importante ter uma solução que concentre todos os canais de entrada do cliente, permitindo à sua empresa ter diversos canais de comunicação, além do registro do histórico com os clientes”.
A jornalista, especialista em comunicação empresarial e marketing digital, sócia da Presse, Fernanda Momm, também comenta sobre os riscos da dependência quase exclusiva dessas ferramentas de terceiros para os negócios:
“As redes sociais sem dúvida alguma trazem resultados positivos muito expressivos para quem as usa de forma estratégica, mas elas não deveriam ser a única forma de comunicação das marcas. Elas devem servir para ajudar a atrair interessados pelos seus produtos e serviços, mas é preciso também diversificar e ter ferramentas onde você tenha mais controle, como um bom site e uma lista de e-mails dos clientes sempre atualizada”.
Para ela, o que aconteceu ontem é um importante aprendizado:
“A comunicação não deve ficar centrada em ferramentas de terceiros, especialmente se as que você mais utiliza são do mesmo grupo”.