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Porto de Imbituba terá quase R$ 157 mi em investimentos nos próximos 5 anos

Foto: divulgação.

No Sul do estado, os novos patamares operacionais que o Porto de Imbituba vem conquistando consolidam o complexo portuário cada vez mais como um dos principais motores do desenvolvimento econômico da região.

Nos últimos 10 anos, Imbituba mais que triplicou o volume de cargas movimentadas, com um desempenho que vem acrescido de recordes operacionais, ampliação do portfólio e investimentos.

Só a SCPAR Porto de Imbituba, autoridade portuária, planeja injetar R$ 147 milhões na qualificação da infraestrutura do porto nos próximos 5 anos.

O complexo portuário de Imbituba é formado atualmente por três cais de atracação e sete terminais arrendados para empresas privadas, além de áreas disponíveis para novos investimentos.

Este ano, a previsão é ultrapassar as 7 milhões de toneladas movimentadas, um novo recorde histórico para o porto.

A importação lidera a balança de operações, com 47,7% do volume movimentado de janeiro a setembro deste ano.

No entanto, o cenário se desenha para o aumento gradativo da participação da exportação de granéis agrícolas e minerais.

Entre embarques e desembarques de diferentes tipos de cargas (granéis, contêineres e carga geral), os granéis sólidos representam a maior fatia, aproximadamente 80% da quantidade total este ano.

A conclusão da BR-285 está dentre as principais expectativas de aumento na movimentação de cargas pela cidade nos próximos anos, pois a rodovia criará um corredor logístico que facilitará o escoamento da produção agrícola gaúcha.

As obras estão em fase final no lado catarinense, faltando apenas algumas contenções e um último quilômetro, mais acidentado, a ser pavimentado.

Do lado gaúcho, as obras em São José dos Ausentes, no trecho de 8,8 km que divisa com Santa Catarina, iniciaram em agosto, com previsão de conclusão em dois anos.

Com a obra concluída e as melhorias no porto, é previsto um incremento de cerca de 30% na movimentação por Imbituba.

Dentro do porto, a mais importante obra prevista pela SCPAR é a recuperação, reforço e ampliação do Cais 3.

A licitação foi homologada na quinta-feira, dia 20 de outubro, e corresponde a mais de R$ 92 milhões do orçamento de investimentos até 2026.

Além disso, avançam os estudos para ampliação da área de acostagem do Cais 2, com empresa já contratada para elaboração do projeto básico.

Outros investimentos previstos são a implantação de sistemas, softwares e equipamentos, ampliações e reformas no sistema viário e edificações, instalação de sistema de geração fotovoltaico, adequações na rede elétrica e melhorias na sinalização náutica.

Além disso, a iniciativa privada aponta para novos investimentos. Alguns exemplos são a injeção de cerca de R$ 25 milhões previstos na modernização do Terminal de Granel Líquido, que teve seu arrendamento assinado este ano com a Fertisanta, a compra de um novo guindaste do tipo MHC (Mobile Harbour Crane) pela operadora Granéis Imbituba, que deve chegar a partir de dezembro e a ampliação da oferta de serviços de rebocadores, com a chegada do rebocador SAAM Tapajó, pertence à empresa SAAM Towage

No entorno, importantes obras começam a se tornar realidade. A Zona de Processamento de Exportação (ZPE Imbituba) também está tomando forma, com a elaboração do projeto básico de implantação de um condomínio industrial e obras previstas para iniciar em 2023. Nesta fase, a proposta é qualificar 59 dos 102 hectares disponíveis. 

Quanto aos modais de acesso, a duplicação do acesso norte de Imbituba, principal conexão terrestre da BR-101 com o complexo portuário, tem o pré-projeto em fase de finalização pela Secretaria de Estado de Infraestrutura. A obra vai separar o tráfego urbano do fluxo de caminhões.

A SCPAR também acompanha os estudos para a ampliação da Ferrovia Tereza Cristina, que diariamente traz ao porto cerca de 50 contêineres, principalmente com arroz produzido no Sul catarinense.

Nesse ritmo de investimentos e resultados operacionais é que o Porto de Imbituba se prepara para ampliar sua participação na logística do Sul do Brasil, cenário que reverbera no desenvolvimento socioeconômico do entorno portuário e região.

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