O ano que vem deve ser desafiador, principalmente quando falamos de investimentos. Pensando no cenário interno, o país terá que manter a inflação controlada, estimular o crescimento do PIB e cuidar das contas públicas. Já no cenário internacional, muitas incertezas com relação a uma possível recessão no Estados Unidos e na Europa tem deixado os investidores atentos.
Para o sócio fundador da Valore Elbrus, Anderson Peres, qualquer previsão sobre as condições internas pode sofrer mudanças, porém dado o histórico do futuro presidente e das políticas e programas anunciados, é possível prever alguns cenários favoráveis aos investidores.
RENDA FIXA
O especialista explica que nos próximos anos é possível que tenhamos medidas fiscais expansionistas, que por um lado ajudam alguns setores, mas que por outro podem trazer pressão inflacionárias ocasionando volatilidade nas taxas de DI’s (juros futuros), por conta da imprevisibilidade que tais medidas trarão ao longo tempo.
O panorama fiscal também pode sofrer uma deterioração, já que o teto de gasto pode vir a ficar mais flexível para atender aos programas do governo eleito. Com isso há um aumento nos spreads dos títulos de renda fixa prefixados e atrelados à inflação.
RENDA VARIÁVEL
Para ele, o investimento em ações também pode apresentar boas oportunidades no longo prazo, uma vez que o mercado de ações brasileiro segue em situação privilegiada melhor em relação ao mercado internacional, porém é importante avaliar o cenário externo com atenção e uma possível recessão global, algo que certamente será prejudicial para a renda variável.
Nesse panorama, há também a expectativa de um aumento no setor de construção civil, especialmente para as construtoras que têm como nicho os imóveis direcionados ao segmento de baixa renda e das que atendem aos critérios governamentais dos programas de moradias.
FIIs
Os Fundos Imobiliários (FIIs) também podem ser boas opções, a depender do segmento.