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ONS recomenda adoção do horário de verão para aliviar sistema

Foto: a wal_172619/Pixabay

Por Felipe Bernardi Capistrano Diniz.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou em reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) a adoção do horário de verão para ajudar a aliviar o sistema em momentos de pico de consumo, que ocorre entre 14h e 16h.

A argumentação é de que a medida cumpre dois objetivos importantes na gestão do sistema elétrico: garantir a segurança energética e a modicidade tarifária – isto é, que a conta de luz tenha preço justo.

Apesar do CMSE ter endossado a avaliação do ONS, a decisão não foi tomada. Se aprovado, o horário de verão começa 30 dias após a publicação do decreto do Presidente da República.

Estudos apontam que o impacto do horário de verão sobre a redução do consumo de energia tem se tornado menos significativo, especialmente em áreas urbanas. Com o avanço da tecnologia e a maior eficiência energética de equipamentos e sistemas de iluminação, os ganhos com a mudança no local podem ser menores do que no passado.

Na tarde desta quinta-feira 19 acontece uma reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) no Rio de Janeiro. No encontro, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemadem) destaca as previsões das condições climáticas, e o Operador Nacional do Sistema (ONS) apresenta o seu plano de contingência, com as recomendações de forma a garantir as condições de fornecimento de eletricidade no país.

O horário de verão consiste no adiantamento dos relógios em uma hora, em partes do Brasil, para diminuir o consumo de energia pelo melhor aproveitamento da luz natural, mas foi extinta em 2019. A discussão voltou à pauta devido à situação da seca no país, a pior em 94 anos, e as fortes ondas de calor no país, que demandam maior consumo de energia. Os reservatórios das usinas hidrelétricas estão no menor nível em 20 anos.

A volta do horário de verão pode aliviar a pressão sobre o sistema elétrico, mas seu impacto é limitado ao considerar desafios específicos, como os problemas de transmissão. Por isso, crê que a falta de avanços significativos no setor tende a reduzir a eficácia da medida.

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Investidor com extenso track record na indústria de investimentos alternativos e operações estruturadas. Venture Partner da FIR Capital.

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