Participar de um reality show já é desafiador por si só. Agora, imagine enfrentar esse desafio sendo introvertida, com um perfil mais reservado e acostumada a observar mais do que a falar.
Detalhe: O The Best Speaker Brasil é um reality de palestrantes. Para mim, essa experiência foi um verdadeiro teste de ousadia e resiliência, bem como uma oportunidade para provar que, mesmo os mais calados, podem ter uma voz influente.
O desafio de ser ouvida
Desde cedo, sempre fui mais introspectiva e cheguei a considerar este aspecto como um “defeito”. Fui aprendendo, ao longo dos anos, que é somente uma característica e que também tem seus pontos positivos. Durante o reality, porém, percebi que minha introversão poderia ser um trunfo, mas somente se eu aprendesse a usá-la estrategicamente.
Ao ser desafiada (por mim mesma, diga-se) a expor ideias e falar sobre meu tema — Marketing de Influência para Não-Influenciadores —, precisei vencer o medo de julgamento e usar minha reflexão natural como uma vantagem. Afinal, como introvertidos, costumamos pensar antes de falar, o que muitas vezes nos permite entregar mensagens mais profundas e bem elaboradas.
Superando as barreiras
Participar do reality me colocou fora da zona de conforto de uma forma que poucos desafios antes haviam feito. Enfrentei meu maior inimigo: a auto exigência. Quando quebrei o braço e precisei entregar um material que não atendia às minhas próprias expectativas, aprendi que o “feito é melhor do que perfeito”. É clichê, eu sei, mas precisei engolir a seco.
Outro obstáculo foi competir na categoria de marketing, que foi agrupada com comunicação. Lutar por votos e ser avaliada ao lado de profissionais experientes em oratória me fez encarar minhas limitações, mas também destacar minha autenticidade e conhecimento na minha área.
Transformando a introversão em força
Durante as fases que participei, percebi que minhas características como introvertida eram mais valiosas do que eu imaginava. A escuta ativa e o hábito de refletir antes de agir me permitiram conectar com os outros participantes de forma genuína. Meu tema — dar voz aos calados — estava profundamente alinhado com minha própria jornada, e senti que estava representando muitas pessoas que, assim como eu, enfrentam o desconforto em ambientes de alta exposição.
Lições que levarei para sempre
De fato, a introversão não é um defeito, somente uma característica que, quando bem utilizada, transmite confiança, escuta empática e mensagens com mais peso. Além disso, estar entre pessoas tão diferentes ampliou meu repertório e me fez enxergar novas possibilidades de comunicação.
Receber votos e feedbacks positivos de pessoas que se identificaram com minha história foi uma das maiores recompensas dessa jornada. Saber que consegui inspirar outros introvertidos a buscar sua própria voz é algo que jamais esquecerei.
Conclusão
Minha participação no reality foi muito mais do que uma competição. Foi uma prova de que a introversão tem seus lados positivos, quando unimos autoconhecimento e prática.
Hoje, vejo minha jornada como um convite a outros introvertidos: acredite, sua voz importa, e o mundo precisa ouvir o que você tem a dizer. O palco pode parecer assustador, mas, no fim, é apenas mais um espaço para mostrarmos quem realmente somos.