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Como minha marca pode se posicionar empaticamente em tempos de pandemia?

Por Kelly Erdmann, jornalista, sócia e diretora de conteúdo da Entrelinhas.

O momento é de muitas perguntas, poucas respostas e incertezas coletivas. Com a pandemia do novo coronavírus, o mundo mudou e dificilmente será o mesmo quando tudo passar. Com a doença, veio a crise, não apenas relacionada à saúde, mas também social e econômica, que impacta pessoas e negócios dos mais diversos segmentos.

Mas, há uma questão que é incontestável: manter-se estático, sem interagir com a informação e, principalmente, distanciar-se do seu cliente, sem oferecer qualquer conteúdo a ele, neste momento desafiador, pode ser a pior das decisões.

A comunicação é uma importante aliada em tempos de crise. Afinal, é a partir dela que se apresenta fatos, explica estratégias e, acima de tudo, mantém (ou conquista) a simpatia de parceiros e clientes.

Há, é verdade, um bombardeio de informações e notícias disputando a sua e a nossa atenção. Mas, por outro lado, há também uma necessidade imediata de consumi-la. Por isso, as marcas, podem (e devem) comunicar seus produtos e serviços, mesmo diante da crise. O que muda é o modo de comunicar. Esse, sim, exige, cautela, cuidado e, acima de tudo, empatia.

Que tal começar se colocando no lugar do outro, do seu cliente, do seu prospect, do seu fornecedor, parceiro, vizinho ou amigo? O que ele precisa saber, neste momento? Como você pode ajudá-lo?

Se você é um médico, independentemente da especialidade, você também pode entrar para a conversa, dando dicas de prevenção e levando informações do universo da sua especialidade para o público. Afinal, nunca se falou tanto em prevenção e as pessoas estão, mais do que nunca, olhando para o próprio bem-estar.

Terapeutas, psicólogos, massoterapeutas, instrutores de ioga, educadores físicos e demais profissionais ligados ao bem-estar também têm muito conteúdo a passar. Dicas, orientações e pequenos hábitos, que podem trazer a sensação de relaxamento e preservar a saúde mental das pessoas, são ainda mais importantes diante de um cenário de incertezas. Acredite! Esse diálogo estreitará o relacionamento com o público, tornando-o confiável e parte do dia a dia.

Mas, se a sua marca não está dentro desse universo da saúde e do bem-estar, procure na sua área de atuação temas que podem ser úteis. É hora de mostrar que, mais do que vender, a sua empresa está preocupada em contribuir e ajudar. E, por que não, inspirar boas atitudes? Marcas do setor têxtil, por exemplo, podem ajudar na confecção de máscaras de tecido. Que tal doar uma parte desses itens para quem precisa? Certamente, esse gesto simples trará uma ótima sensação e, de quebra, uma imagem positiva para o negócio.

Ou seja, a credibilidade e a manutenção de uma conversa, agora, sobrepõem-se à venda direta (que, por vezes, pode soar até agressiva) de produtos e serviços. O indicado é entrar para a conversa, posicionando-se como uma referência no assunto que você domina. É preciso que você e sua marca tenham, na prática (e demonstrem), através dos conteúdos gerados, valores como empatia, solidariedade, propósito e uma cultura voltada às pessoas.

Talvez não seja o momento de focar em uma comunicação direcionada exclusivamente às vendas, mas pode ser uma ótima oportunidade de fortalecer a sua comunicação institucional junto aos seus diversos públicos de interesse. Quando isso passar, você colherá os frutos de uma comunicação assertiva, empática e com foco nas pessoas. Pois tudo isso irá se reverter em credibilidade, reputação e ainda mais confiança para a sua marca.

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