Na última semana, o veto do presidente Jair Bolsonaro à prorrogação da desoneração da folha de pagamento causou uma surpresa negativa para diversos setores da economia.
O Congresso aprovou em junho a permissão para que o Governo Federal estendesse algumas medidas da MP 936/20, na qual dispôs sobre algumas medidas trabalhistas para ajudar no enfrentamento da crise econômica e manutenção dos empregos, como prorrogação do benefício para dezembro de 2021 e a redução de jornada e salários.
Entre os 17 setores impactados está o de tecnologia, que segundo dados do Tech Report 2019, somente em Santa Catarina tem um faturamento total de R$ 15,8 bilhões, e representa 5,8% da economia no estado.
Representando mais de 11 mil empresas e 50 mil empregos, a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) acompanha os desdobramentos deste assunto, e integra um grupo de entidades nacionais e regionais que são a favor da manutenção da desoneração.
“Neste momento de crise, as empresas já tiveram queda de receita e ainda terão aumento de despesas. Para a empresas de tecnologia, mais de 70% dos custos é com mão de obra, e isso dificultaria ainda mais a preservação dos empregos e a retomada da economia”, destaca Iomani Engelmann, presidente da entidade.
Ele ainda destaca que o desoneração é o caminho seguido pelas principais economias do mundo, nas quais não se tributa empresas enquanto elas ainda não geraram receita.
A expectativa agora é que os deputados da bancada catarinense atuem na derrubada do veto, colaborando com a manutenção dos empregos.