Por Cassio Sum, cardiologista pediátrico da Gigi Kids e diretor médico de credenciamento do Sistema Hapvida
Em três meses de pandemia do coronavírus, a América Latina teve avanços na digitalização que, em um cenário “normal”, demorariam três anos para ocorrer. Essa é a conclusão de um estudo recente divulgado pela OEA (Organização dos Estados Americanos) e pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Aulas on-line, compras virtuais, reuniões por vídeo, exercício físico ministrado via aplicativo e apresentações culturais digitais são algumas das práticas que aumentaram exponencialmente. A saúde não ficou de fora deste ponto de virada impulsionado pelo novo coronavírus. Com a necessidade de distanciamento social como um novo imperativo, a prática da teleconsulta demonstrou ser um importante aliado para facilitar o tratamento da população. É uma das lições que tiramos deste momento desafiador que vivemos. Temos percebido grande disseminação e resultados positivos.
A modalidade traz conforto e proteção ao evitar o contágio, pois o atendimento ocorre sem a existência do contato físico. Em vez de recorrer a um site de busca e correr o risco de receber informações sem a devida veracidade, o paciente tem o acesso facilitado e evita idas desnecessárias para unidades de saúde. Pode, de onde estiver, receber as orientações necessárias de um profissional devidamente preparado, que realiza a anamnese à distância, uma entrevista muito importante para o diagnóstico.
Com a orientação adequada, os resultados no tratamento são mais assertivos, pois o acompanhamento desde os primeiros sintomas é fundamental. Já o atendimento presencial pode ocorrer de forma orientada apenas em casos de necessidade de internação e atendimento em pronto-socorro, como, por exemplo, em tratamento de fraturas, que demandam a realização de exames complementares.
Em Santa Catarina, a prática tem o devido suporte do Conselho Regional de Medicina (CRM), que oferece aos profissionais registrados a possibilidade de realizar a emissão de receitas e atestados. O paciente recebe em seu smartphone ou via e-mail a documentação, que é válida para todo o território nacional.
No Hapvida, a teleconsulta conta, também, com suporte a prontuário, seguimento multiprofissional, prescrição validada por certificados digitais, médicos treinados e acompanhamento por meio de indicadores de performance. Há o serviço de urgência simples e o específico para Covid-19, que é voltado para quem apresenta sintomas como febre, diarreia, dor de cabeça, coriza, tosse seca, falta de ar, dor no corpo e perda de olfato e paladar. O serviço funciona em todos os dias e horários. O paciente acessa o link e efetua a solicitação. Simples assim, pois a tecnologia pode, e deve ser nossa aliada.