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Como a mudança de rotina pós-pandemia impacta no mercado de vestuário?

O varejo de roupas foi uma das atividades mais impactadas pela crise do coronavírus.

Em Santa Catarina, os valores arrecadados pelo setor caíram 58% em abril e, apesar da melhora recente, o volume de atividade de agosto ainda está 18% abaixo do mesmo mês no ano passado.

Além da queda na demanda, as lojas de varejo ainda tiveram que lidar com novas preferências dos consumidores.

A partir das primeiras semanas de casos confirmados no Brasil, em meados de março, as buscas por artigos de vestuário dos brasileiros foram significativamente alteradas.

Em geral, a quarentena e o trabalho remoto aumentaram as buscas por peças mais confortáveis, reduzindo drasticamente o interesse por roupas de trabalho e para eventos sociais.

Essa alteração é visível quando comparados, dentro da categoria de vestuário, as buscas por roupas sociais e por pijamas.

Já no final de março as buscas são mais intensas pelas roupas de casa, mas o interesse dos brasileiros nelas foi crescente até o final de maio, o que reflete a adaptação vivida por centenas de trabalhadores.

Quase seis meses após o início da pandemia no Brasil, as buscas entre estes dois termos voltam a se igualar, o que se deve ao retorno gradual dos trabalhadores nas empresas e da redução do número de brasileiros em quarentena.

Se é certo que o número de pessoas em quarentena deve se reduzir, para os empresários do setor de vestuário, entretanto, resta a dúvida quanto às preferências dos consumidores após a pandemia.

De um lado, o busca mais intensiva por roupas mais confortáveis para permanência em casa. Por outro, pesquisa da empresa de softwares Zoho mostra que quase metade das organizações ainda não decidiu se os funcionários poderão optar pelo home office após a pandemia e estudo da Mercer Mash afirma que 39% das empresas pretendem migrar algumas funções para o teletrabalho permanentemente.

Nas buscas do Google, o interesse por roupas de moletom e roupas jeans se normalizaram neste início de setembro, estando muito próximos à representação existente em setembro do ano passado.

Porém, este indício de que as preferências devem voltar a quase normalidade não tem tanta confirmação no segmento de calçados, onde o interesse por sapatos ainda se mantém aquém do resultado do ano anterior. O mesmo ocorre nos segmentos de viagens, com queda das buscas para compras de malas.

Parte dos costumes adquiridos durante os meses mais intensos de quarentena devem se refletir nas preferências da população no longo prazo.

Contudo, no mercado de vestuário e acessórias, esta mudança deve ser parcial. Segmentos como os de viagens e sapatos devem ser mais afetados pela intensificação da digitalização e teletrabalho.

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