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A importância da construção para 2021

Foto: image4you/Pixabay

Santa Catarina foi o estado que mais gerou oportunidades de trabalho no ano passado,. Foram mais de 53 mil vagas, pouco mais que as 52 mil vagas geradas no Paraná. Ambos tiveram uma representatividade muito forte no desempenho nacional, que teve saldo positivo de 142 mil trabalhadores.

No Brasil, o setor que mais gerou oportunidades foi o da construção, que terminou o ano com 112 mil trabalhadores a mais que no início de 2020.

Já em Santa Catarina, apesar de a área residencial construída apresentar um aumento expressivo de 20% no ano, o crescimento no volume de trabalhadores não foi muito expressivo, sendo puxado essencialmente pela indústria de alimentos.

Para 2021, contudo, há grandes expectativas de que a construção se fortaleça e leve consigo uma gama de outras atividades econômicas. Vale lembrar que o setor da construção civil no Brasil possui cerca de 2 milhões de empregos e, de acordo com a CBIC, por estar ligado diretamente com 62 segmentos da indústria, sua cadeira produtiva chega a 60% do PIB.

Apesar da intensidade dos efeitos imediatos da recessão, que de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi o setor com maior incidência de reflexos negativos da COVID-19, além de ser o setor com menor nível de reação, houve retorno do crescimento de obras residenciais.

De um lado, as vendas foram estimuladas pelo trabalho remoto e permanência em casa, por outro, o uso mais acelerado de tendências tecnológicas de construções mais personalizadas e eficientes indicam que o setor pode finalmente recuperar seu volume de produção que foi penalizado durante praticamente toda a última década.

Além das perspectivas de curto prazo, reforçadas pela confiança dos empresários da construção em estado otimista quanto a investimentos e vendas, indicam que deve haver recuperação do nível de atividade do início do ano. No médio prazo, o elevado déficit habitacional e a tendência de crescimento populacional garantem demanda potencial para novas moradias.

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Doutor em Economia e sócio da Caravela Soluções

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