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Core revival: como a pandemia obrigou empresas e poder público a reverem seus conceitos

Jeferson Castilhos, fundador da 1Doc. Foto: divulgação

Não é segredo para ninguém que os anos de 2020 e 2021 aceleraram o processo de transformação digital para os setores público e privados.

Impulsionadas por desafios como as políticas de distanciamento social, massificação do trabalho remoto e migração de clientes off-line para o on-line, gestões de empresas e órgãos públicos se viram obrigadas a promover mudanças de forma repentina e veloz, investindo em novas tecnologias para enfrentar a realidade imposta pela pandemia.

Essa reinvenção não pode esperar. De acordo com um estudo Covid-19 e o futuro do negócios, feito pela IBM com mais de 3.800 executivos C-Level em 20 países e 22 setores, seis em cada dez empresas aceleraram projetos de digitalização e 51% dos executivos brasileiros têm a digitalização como prioridade de investimento nos próximos 2 anos. 

Estão cientes, obviamente de que não só o futuro, como o presente de seus negócios dependem de atitudes imediatas, de uma revitalização no seu core, o core revival, processo que consiste na análise precisa de companhias sobre o que conseguem adotar de tecnologia ou o que têm que transformar em seus códigos na tentativa de extrair mais valor dos principais ativos legados. 

Vamos examinar alguns exemplos promovidos pela pandemia, apesar do conceito ter relação muito direta com questões como armazenamento de dados, ou fluxos de trabalho, como veremos a seguir, nesse momento estendeu-se à essência dos negócios em si, onde a digitalização mostrou-se uma ferramenta obrigatória para o seu funcionamento.

CORE REVIVAL OU CORE SURVIVAL?

Foto: Envato.

Inicialmente, o conceito de core revival implica em repensar e reimplementar os sistemas centrais das empresas e gestões de forma geral, que por serem tão complexos todos evitavam interferir, mas essa realidade está mudando com o aparecimento de soluções na cloud que permitem a migração de sistemas e a sua progressiva modernização.

O pensamento vem  sendo estruturado de uma forma que as empresas avaliam, já de cara, o que é possível nascer em cloud, migrar para cloud e o que precisam realmente manter no seu ambiente atual. A convivência desses ambientes, multisourcing ou multicloud, é o que está fazendo com que as organizações consigam começar o movimento de core revival.

Tecnicamente, o próprio crescimento de demanda criado pela própria pandemia não deu mais escolha. Precisava-se de um sistema pronto para atender mais e mais rápido, rodando mais liso, estruturado de forma mais simples.

O que vimos é que o core revival propagou-se além da questão dos sistemas das empresas e alterou até mesmo o funcionamento dela de formas essenciais, transformou-se em core survival, pois a não adaptação poderia resultar em obsolescência extrema, ou pior, desaparecimento.

EXEMPLOS DE CORE REVIVAL

Foto: Envato.

E-COMMERCE

Core revival, ou survival, não é só coisa de empresas grandes e consagradas, as pequenas também viram-se obrigadas a adaptar seu modus operandi.

O número de lojas virtuais aumentou absurdamente durante a pandemia. De acordo com Rodrigo Bandeira, vice-presidente da ABComm, no auge da quarentena, com as pessoas tentando praticar o isolamento social, chegou-se a ter o registro de uma nova loja virtual a cada minuto.

Os hábitos mudaram durante a pandemia e muitos perderam o pé atrás que tinham com os e-commerces. A ABCComm estima que 20,2 milhões de consumidores realizaram pela primeira vez uma compra pela internet em 2020 e que 150 mil lojas passaram a vender também por meio das plataformas digitais. Foram mais de 301 milhões de compras pela internet, com um valor médio de R$ 419, segundo o balanço.

99 TÁXIS

Até mesmo quem já tem muita tecnologia em seus serviços, percebeu a necessidade de investir ainda mais.A 99, empresa de transporte por aplicativo, investiu R$ 90 milhões durante a pandemia para criar soluções acessíveis de mobilidade. Hoje, a empresa é a primeira no país a criar um novo modelo de corridas, totalmente feito pelo WhatsApp.

E O GOVERNO?

A vida do cidadão não para, por isso as cidades não podem parar. Mesmo com a pandemia pegando a todos de surpresa, o setor público encontrou na transformação digital o caminho para continuar cumprindo seu papel, e nós da 1Doc estamos aqui, prontos para apoiar. O resultado foi uma eficiência no atendimento ainda maior do que o período que antecedeu a pandemia, sem falar na economia de milhões de reais com o fim dos processos físicos.

Para você ter uma ideia, somando apenas 4 implantações realizadas pela 1Doc neste período, nas cidades de Juiz de Fora-MG, Caruaru-PE, Americana-SP e Petrolina-PE, aproximamos mais de 1,5 milhão de pessoas do poder municipal. Pessoas que, mesmo com isolamento social, continuaram contando com os serviços da prefeitura.

Implantação em Juiz de Fora (maio de 2021).

ADAPTAÇÃO É EVOLUÇÃO

Já sabe-se que a tal “lei do mais forte” nunca existiu, trata-se de uma deturpação de conceitos evolutivos e o que nos trouxe até aqui, o que fez a humanidade sobreviver, se desenvolver e constituir uma sociedade organizada e funcional foi nossa capacidade de adaptação.

As pessoas, a forma como nos comunicamos e como desejamos executar tarefas do dia a dia mudam. Empresas e setor público precisam se adaptar às novas realidades, que se constroem na velocidade da luz. Se há alguns anos atrás eram definidas estratégias para três ou cinco anos, hoje já não é possível e a única forma de acompanhar o mundo é utilizar toda tecnologia disponível nesse processo desafiador.

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Fundador da 1Doc

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