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Como as fintechs estão impulsionando (e revolucionando) a economia local

Felipe Santiago, CEO da Cashway / Foto: Divulgação

Até o final do ano passado, segundo levantamento da Fincatch, o Brasil já conta com mais de 1.400 fintechs. Para saber como as fintechs têm impulsionado a economia catarinense, o Economia SC Drops conversou com Felipe Santiago, CEO da Cashway. A startup é especialista em serviços de automatização de processos para atender as necessidades de cooperativas de crédito, financeiras e fintechs. Confira abaixo: 

Como o setor de fintechs impulsiona a economia de SC?

Felipe: O mercado financeiro é o grande meio de conexão entre os demais segmentos. Se tomarmos como exemplo a indústria de calçados, em seu ecossistema existe uma necessidade de capital, que é suprida pelo mercado financeiro, e que vem recebendo das fintechs produtos mais preparados para sustentar sua produção. Esse efeito acaba sendo multiplicador, quando temos um participante do mercado financeiro de Santa Catarina atuando no mercado produtivo do estado temos uma alavancagem produtiva em toda a jornada, fato este que não acontecia antes do aparecimento das fintechs por aqui.

O que podemos esperar das fintechs em 2022?

Felipe: Já tem muita coisa no forno, mas de fato é o Open Banking que trará a escala necessária para que essas fintechs possam ter tração. Vemos muita inovação na área de concessão e recuperação de crédito, algo que consideramos muito importante para o desenvolvimento dos negócios.

Você afirma que 2022 será um bom ano para as cooperativas de crédito. Quais os motivos e como as fintechs vão ajudar nesse processo?

Felipe: As cooperativas de crédito possuem um histórico de desenvolvimento muito positivo, olhando os dados de evolução do sistema financeiro é possível observar um aumento no market share dessas instituições e, isso vem muito do alinhamento das cooperativas com seus cooperados. Analisando de forma mais crítica você pode perceber que as cooperativas se movimentam com mais velocidade. Enquanto o sistema financeiro estava distante dos seus clientes, as cooperativas se desenvolveram fazendo justamente o contrário, se posicionando de forma muito mais próxima de seus associados. Ao mesmo tempo, o mercado iniciou uma transformação digital e, novamente, as cooperativas apontaram seu rumo para esta vertical, investindo em tecnologia e inovação. Costumo destacar que as fintechs são a base da solução de problemas que muitas vezes as instituições financeiras não percebem que está acontecendo, quando essas partes se conectam percebemos uma melhoria em todo o ecossistema.

O open banking é cada vez mais realidade. Como as fintechs se beneficiam nesse cenário e como a Cashway trabalha em cima disso?

Felipe: Essa nova camada de comunicação tem uma realidade muito vantajosa para as fintechs, consequentemente para o ecossistema, a padronização de comunicação. Atualmente as integrações são muito onerosas pois o mercado opera de forma desigual, aquilo que é construído para resolver uma dor em um determinado local, dificilmente é aproveitado para ser aplicado em forma global, falando do nosso Sistema Financeiro Nacional, então é seguro afirmar que essa padronização poderá escalar as soluções que já temos hoje a um nível muito maior, além de fomentar o desenvolvimento de novas soluções que já nascem com essa perspectiva de escala. A CashWay atua como fornecedora de core banking para as instituições financeiras e de pagamentos. Desta forma estamos ao lado deles no fornecimento dos dados para que as fintechs possam se desenvolver e inovar. Também atuamos como ponte entre estas startups e as instituições financeiras, abrindo um canal de integração mais simples e rápido para que possam agregar essas soluções ao mercado mais tradicional.

Confira outras entrevistas do Economia SC Drops clicando aqui.

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