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Gincana de Blumenau: aula grátis de liderança

Foto: divulgação.

Para quem não é da região de Blumenau, falar que na cidade, anualmente, acontece uma grande gincana, com provas diversas, e que mobiliza milhares de pessoas pode parecer estranho.

Afinal, não é em todo lugar que vemos diversos adultos empenhados em conseguir aquele disco raro de determinado artista, cumprir provas sociais para ajudar instituições, desenvolver roteiro e gravar vídeos que relembram casos curiosos da história da cidade.

Eu sou gincaneiro com orgulho e posso dizer que essa experiência me trouxe, e continua trazendo, muito mais do que diversão, festa e amigos. Foi neste projeto que conheci e me aproximei de grandes empreendedores: um networking no real sentido da palavra, onde reciprocidade é verdadeiramente um diferencial.

Ter uma equipe de gincana (e imagino que em outras ações e atividades similares) equivale a gerir uma empresa. É preciso responsabilidade, organização, liderança e resiliência. Nem sempre todos concordam, nem sempre é só diversão. É um grande teste e uma grande aula de liderança e da skill mais difícil da vida adulta: gerenciar pessoas.

São vários gênios e interesses para serem gerenciados: tem o teimoso, o do contra, o fenômeno, o aguerrido, o inadimplente, o raçudo, o mala, o intelectual, o indispensável, o irresponsável, etc. Considero a gestão de pessoas na gincana mais desafiadora do que no cotidiano profissional: enquanto na relação profissional a pessoa recebe salário em contraprestação do comprometimento que assume, na gincana as pessoas não recebem salário para participar, pelo contrário, pagam para integrar uma equipe e competir na gincana. Procuramos a todo momento responder a pergunta: como engajar sem contraprestação pecuniária?

A organização de uma equipe é muito semelhante a organização de uma empresa. Várias áreas semelhantes: financeiro, marketing, facilities, recursos humanos, etc.

Foi na Gincana de Blumenau que conheci o Zote, grande amigo, fundador da PagueVeloz e meu sócio até a venda da empresa, no ano passado. Também conheci pessoas incríveis, vivenciei momentos únicos, vi casais sendo formados, vi pessoas partirem e senti na pele que o que move qualquer equipe é a motivação, a vontade de vencer e a confiança entre seus membros.

Em função do meu trabalho, pensei muito se participaria da gincana este ano, mas ao rememorar o desenvolvimento que a gincana me deu ao longo desses últimos 19 anos, não tive dúvidas de ajudar a conduzir as atividades da equipe no retorno da gincana pós-pandemia.

Foi e é na gincana que tenho aulas gratuitas e práticas sobre liderar pessoas e encarar desafios. Por três vezes tive a alegria de ver a minha equipe, a Safari, campeão da gincana.

Embora tenha ares de brincadeira, a Gincana de Blumenau, que acontece sempre em setembro próximo a data de aniversário da cidade e retorna este ano no pós-pandemia, tem lições valiosas. Eu recomendo fortemente que as pessoas invistam tempo, relacionamento e engajamento em atividades como essa.

Depois de alguns anos, voltei a ser coordenador da equipe com a certeza de que temos ainda muita história para construir e muito a se desenvolver. A vivência aqui nos influencia na “vida real”, nos traz um gás e uma renovação capazes de virar a chave no dia a dia corporativo.

Entrei na gincana por acaso, já que a equipe Safari foi fundada por alguns vizinhos na época, entre eles o Zote. Mas não é por acaso que permaneço. É na gincana que desenvolvemos habilidades de liderança, lições valiosas para muita gente que, hoje, acredita que estar atrás de uma tela a vida toda será suficiente para boas conexões. Participe também!

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Diretor de operações da PagueVeloz

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