Experiências de marca não precisam ser explicadas, e sim sentidas. Quando bem feitas, constroem vínculo, presença e desejo. A grande diferença entre uma ativação comum e uma ativação de sucesso está na intenção (e eu sempre falo isso pro time da minha agência): é a intenção que transforma cenário em estratégia, estética em posicionamento e evento em resultado.
Foi com intenção que marcas como Magnum (sorvetes) e Morgan Stanley (instituição financeira) criaram ativações de destaque nos últimos meses. A primeira transformou o lançamento de um novo sabor em símbolo de lifestyle. A segunda levou entretenimento e cinema para dentro de uma conferência financeira. Ambas geraram engajamento, desejo e lembrança.
Em julho de 2025, a Magnum lançou pop-ups em locais como Mallorca e Cannes. Reproduziram beach clubs com cenografia elegante e presença de influenciadoras fashion. A cereja do bolo foi a collab com a Rhode, marca de beleza da Hailey Bieber, que reforçou o apelo aspiracional e a conversa com o público jovem. A proposta era clara: posicionar o produto como parte de um estilo de vida desejado, vivido e postado.
A Vogue Business descreveu o movimento como “uma nova forma de colocar o consumo dentro da lógica da estética”. Segundo a publicação, “a Magnum se tornou um acessório. O sorvete virou código visual de status”. E é isso que muitas marcas querem, mas não sabem como alcançar (experiências de marca, meu povo!).
Do outro lado do mercado, a instituição financeira Morgan Stanley deu um passo ousado ao transformar um tema tradicionalmente técnico (benefícios corporativos) em uma narrativa envolvente. Durante a conferência Thrive 2025, realizada em junho em Los Angeles, a marca criou a ativação “Be a Star”, que simulava uma verdadeira jornada cinematográfica.
O espaço contava com seis estações imersivas, cada uma com o nome de um filme fictício que dialogava com os serviços da empresa. Com títulos como “Chasing Dreams”, para investimentos e consultoria, a experiência gamificada envolvia os participantes com ingressos, QR codes, telas interativas e uma estética cuidadosamente roteirizada. Tudo isso conectado por um conceito visual coeso, impulsionado por mais de 100 pôsteres gerados por inteligência artificial usando ferramentas como Midjourney e Adobe Firefly (sensacional, não?).
Essas duas ativações que destaquei foram pensadas para que as pessoas vivessem, não apenas vissem. Foram criadas com intenção (olha aí a minha palavra preferida). Cada escolha de estética, linguagem e narrativa serviu para posicionar a marca com clareza. E digo mais, quando a intenção é o fio condutor de uma experiência, o impacto vem naturalmente. Porque ativações memoráveis não nascem de ideias soltas, mas sim de decisões estratégicas.