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Startup Summit: as experiências que se destacaram

Foto: Fabrício Almeida

Na última semana, acompanhei o Startup Summit, em Florianópolis. Como jornalista e também como especialista em eventos e experiências de marca, observei de perto uma operação bem estruturada, que melhora ano após ano.

Equipe de atendimento preparada, sinalização clara, áreas de descanso bem distribuídas e, o mais importante, poucos gargalos.

Acreditei que encontraria mais experiências e ativações, especialmente por parte das expositoras, mas tive contato com uma ótima ativação, que destaco aqui.

Boa operação é boa experiência

A operação do evento se destaca pelo cuidado com o básico. E fazer o básico bem feito é, sim, um grande diferencial competitivo.

Logo no credenciamento, o fluxo era contínuo. Os espaços estavam bem aproveitados, com cantinhos convertidos em áreas de descanso e até redes ao ar livre.

Mesmo com cerca de 10 mil visitantes ao longo dos dias, as filas eram poucas (inclusive na praça de alimentação e nos banheiros). Em eventos, a fluidez também é experiência.

Esperava mais das expositoras e estandes, mas encontrei um ótimo case

Confesso que esperava encontrar mais ativações de marcas expositoras (especialmente considerando que se trata de um evento de inovação). Embora a maior parte dos estandes seguisse um padrão mais tradicional, encontrei um ótimo case no espaço da Dell.

Eles aproveitaram para reforçar o lançamento do novo portfólio de produtos, agora com IA embarcada. Reproduziram uma réplica gigante do Dell Pro 14, com uma gamificação com o objetivo de engajar o público.

No jogo, as pessoas tinham que pisar nas teclas do notebook para navegar por um labirinto. Mas não é só isso: a ativação também se transformou em um palco para uma programação de talks. Gente, simples e genial, porque esse palco ficou super bonito e ativa a marca com assertividade.

Conversei com Guilherme Gomes, analista de marketing da marca, que me contou que o objetivo foi reforçar o rebranding, se relacionar com os ecossistemas de inovação e engajar o público do evento. A ativação foi conceituada pela agência Connect2B, de São Paulo.

Para fechar

O Startup Summit vem crescendo, mostrando que merece lugar de destaque entre o calendário de summits e congressos. Sempre há caminhos a se seguir para melhorar, e o importante é olhar para o futuro deste formato de evento. Mas pra finalizar, toma aqui 3 insights que anotei:

  1. Experiência é pensar no básico bem feito. A boa operação é uma das formas mais eficazes de fazer o público lembrar bem de um evento (mesmo que ele não tenha ativações impressionantes).
  2. Estética e função podem andar juntas. A Dell mostrou que dá para criar algo bonito, estratégico e útil ao mesmo tempo. Cenografia que vira palco, jogo que vira ponto de engajamento.
  3. Ecossistema é relacionamento. Marcas que marcam presença real em eventos como o Startup Summit não estão ali só para vender (estão ali para construir comunidade). E já aproveito pra provocar: chega de eventos de networking que não geram networking (esse é assunto pra uma próxima coluna).

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Fundadora da Hit, agência de publicidade e relações públicas especialista em eventos, ativações de marca e press trips.

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