Na última semana, acompanhei o Startup Summit, em Florianópolis. Como jornalista e também como especialista em eventos e experiências de marca, observei de perto uma operação bem estruturada, que melhora ano após ano.
Equipe de atendimento preparada, sinalização clara, áreas de descanso bem distribuídas e, o mais importante, poucos gargalos.
Acreditei que encontraria mais experiências e ativações, especialmente por parte das expositoras, mas tive contato com uma ótima ativação, que destaco aqui.
Boa operação é boa experiência
A operação do evento se destaca pelo cuidado com o básico. E fazer o básico bem feito é, sim, um grande diferencial competitivo.
Logo no credenciamento, o fluxo era contínuo. Os espaços estavam bem aproveitados, com cantinhos convertidos em áreas de descanso e até redes ao ar livre.
Mesmo com cerca de 10 mil visitantes ao longo dos dias, as filas eram poucas (inclusive na praça de alimentação e nos banheiros). Em eventos, a fluidez também é experiência.
Esperava mais das expositoras e estandes, mas encontrei um ótimo case
Confesso que esperava encontrar mais ativações de marcas expositoras (especialmente considerando que se trata de um evento de inovação). Embora a maior parte dos estandes seguisse um padrão mais tradicional, encontrei um ótimo case no espaço da Dell.
Eles aproveitaram para reforçar o lançamento do novo portfólio de produtos, agora com IA embarcada. Reproduziram uma réplica gigante do Dell Pro 14, com uma gamificação com o objetivo de engajar o público.
No jogo, as pessoas tinham que pisar nas teclas do notebook para navegar por um labirinto. Mas não é só isso: a ativação também se transformou em um palco para uma programação de talks. Gente, simples e genial, porque esse palco ficou super bonito e ativa a marca com assertividade.
Conversei com Guilherme Gomes, analista de marketing da marca, que me contou que o objetivo foi reforçar o rebranding, se relacionar com os ecossistemas de inovação e engajar o público do evento. A ativação foi conceituada pela agência Connect2B, de São Paulo.
Para fechar
O Startup Summit vem crescendo, mostrando que merece lugar de destaque entre o calendário de summits e congressos. Sempre há caminhos a se seguir para melhorar, e o importante é olhar para o futuro deste formato de evento. Mas pra finalizar, toma aqui 3 insights que anotei:
- Experiência é pensar no básico bem feito. A boa operação é uma das formas mais eficazes de fazer o público lembrar bem de um evento (mesmo que ele não tenha ativações impressionantes).
- Estética e função podem andar juntas. A Dell mostrou que dá para criar algo bonito, estratégico e útil ao mesmo tempo. Cenografia que vira palco, jogo que vira ponto de engajamento.
- Ecossistema é relacionamento. Marcas que marcam presença real em eventos como o Startup Summit não estão ali só para vender (estão ali para construir comunidade). E já aproveito pra provocar: chega de eventos de networking que não geram networking (esse é assunto pra uma próxima coluna).