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Ah! Eu me lembro muito bem…

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Por Adriano Albano, gestor das unidades da Unicesumar em Blumenau, Jaraguá do Sul, Indaial, Gaspar, Joinville (SC), Paranaguá (PR), Fortaleza, Maracanaú e Pacatuba (CE).


Ainda não sabemos bem ao certo onde vamos parar em função da pandemia. Quando achamos que já passamos por tudo, vem uma notícia de recuo. Mas a vida segue e não pode parar, apesar das limitações.

Eu me lembro muito bem de uma revista nacional, em meados de fevereiro do ano passado,  que estampava em sua capa: “Telemedicina: numa decisão controversa, o Brasil autoriza consultas pela internet”.  

Na ocasião, tal atitude era uma afronta à boa medicina, não sendo de maneira alguma aceita por diversos setores da sociedade. Hoje, apenas 1 ano depois, o que vemos é uma realidade muito diferente. As consultas estão sendo realizadas desta forma e muito bem aceitas. Ora, mas o que mudou? 

Eu me lembro muito bem que muitos professores de educação física questionaram veementemente a metodologia digital, afirmando ser impossível ter efetividade em aulas através de transmissões pela internet. Hoje, vemos estes mesmos profissionais dando essas aulas, dicas, e acompanhamento de exercícios de maneira remota.

Eu me lembro muito bem que as escolas de idiomas não eram a favor da educação digital, e as principais marcas do país eram avessas a esta metodologia. Hoje, vemos essas mesmas escolas anunciando uma “metodologia inovadora”. E que a interação, justamente um ponto forte da metodologia digital, agora pode ser aplicada em uma metodologia que requer interação.

Ah… eu me lembro muito bem que uma escola tradicional de cerveja era contra o EAD, pois afirmava que a prática só era possível de maneira presencial. Pois bem, semana passada recebi um email, desta mesma escola, oferecendo todo seu portfólio na nova modalidade, inclusive com as práticas necessárias. Vale lembrar que esta metodologia já estava sendo oferecida por outra escola tradicional em EAD, mas não era compreendida.

Do que lembraremos no futuro em relação ao que fazemos hoje no dia-a-dia, e que será questionada futuramente, por não termos tido uma mente mais aberta? 

Meus netos, com certeza, não acreditarão quando eu contar que no ano 2019/2020, eu precisava fazer palestras para explicar e convencer que a educação digital era o caminho.

Se não deixarmos preconceitos do lado e não entendermos diferentes pontos de vistas que nos abrem grandes possibilidades, não estaremos prontos para enfrentar o mercado de trabalho nem hoje, nem futuramente,  nem como profissionais, tampouco como empreendedores.

Fico muito triste de mesmo assim, com todos estes acontecimentos e com toda essa evolução, ver comentários em redes sociais de universitários ainda desdenhando a educação digital. 

E olha que são universitários, que deveriam ter mente aberta. Porém, muitas vezes são assim até pela própria universidade que estudam ser contra esse avanço. Ora, então o que estarão ensinando se não há mente aberta para o novo? Fazer o que fazíamos, igual a 50 anos atrás, não nos trará evolução. 

Mas eu até entendo. Um pouco desta visão deve-se ao fato de que muitas escolas e instituições não estavam preparadas para o digital, e o que estão oferecendo hoje, não é EAD. São aulas remotas. 

Aí sim, dá saudade do presencial. Um EAD de verdade e com qualidade, integra conteúdos, atividades, avaliações, práticas, e também integra de verdade alunos e professores. Por isso, é para ter opinião, é necessário conhecer de verdade.

Que tenhamos mais mentes abertas, para sermos melhores a cada dia. Para evoluirmos de verdade. E que as lembranças do passado sejam boas, mas em relação ao que podemos questionar, para poder evoluir.

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