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De modelo a sócia de uma agência de marketing: conheça a história da Gabi Gonçalo

Foto: divulgação.

Cada vez mais, para atuar com marketing é preciso ter habilidade emocional para lidar com o incontrolável, e aprender a fazer sempre do limão uma limonada. É o que diz Gabi Gonçalo, sócia e diretora de marketing e pessoas na Mega Comunicação Estratégica, além de professora da Faculdade de Comunicação Social e pós-graduação de Branding do ILEUSC,

Ela participa de uma série de entrevistas sobre a trajetória de empreendedores e profissionais que se destacam em suas carreiras que estou publicando aqui na coluna. Confira abaixo:

Conte sobre sua história profissional?

Gabi: Ganhei experiência plural em negócios, mas principalmente no mundo da tecnologia e inovação na área de comunicação e marketing. Atuo desde 2005, começando a carreira na área de marketing da Datasul e depois com grandes marcos pelas empresas que passei, como Sofit, Quirius, Dialetto, ExactSales, Zenvia e Netshowme. Sou co-autora do livro Social Selling 4.0, hoje atuo como sócia e diretora de marketing e pessoas da Mega Experiência. Nos últimos dois anos registramos a construção de cases de marketing com empresas como Hospital Dona Helena, Fundação Hermann Hering, Hacasa, Hospital Sadalla Laser, Feijoada do Bem (Apoio), Grupo Ad Shopping, entre outros. Na minha trajetória anterior participei da construção de cases de sucesso de Inbound Marketing da Resultados Digitais – Sofit e Quirius, da construção do case Top Marketing e Vendas SC da ADVB 2016, pela Exact Sales, e da conquista de três colocações no Prêmio Agência de Resultados 2017 e 2018, pela Dialetto. Já fui indicada quatro vezes como profissional de marketing do ano (ADVBSC, IELUSC e Prêmio E-Commerce Brasil). Em toda minha carreira, compartilhei conhecimento por meio de palestras nos maiores eventos de marketing do Brasil e com a produção de conteúdo digital por meio de newsletters e podcasts, influenciando mais de 40 mil seguidores no LinkedIn. A newsletter que criei de gestão de marketing no LinkedIn hoje tem mais de 12 mil inscritos. Com o tempo, percebi que minha jornada de líder também envolve um grande propósito: ajudar na transformação de mais mulheres em grandes líderes e alcançarmos mais equidade no mundo dos negócios. Por isso, hoje também sou mentora apoiadora da comunidade Awalé e também estou desenvolvendo um novo projeto com esse viés.

O que te fez escolher essa profissão?

Gabi: Antes de fazer faculdade atuei como modelo profissional, vivenciando o dia a dia das gravações de VTs, materiais editoriais para grandes marcas, etc. Acabei largando a carreira de modelo para ingressar na faculdade, e por ter me apaixonado por esse mundo da comunicação, não tinha mais nada que fizesse sentido na época. Além disso, minha curiosidade sobre o comportamento humano, trabalhar com pessoas e a vontade de encontrar soluções criativas para cada desafio me levou para a busca na Comunicação Social e Marketing um caminho a ser traçado. Acabei me especializando em Gestão de Marketing, com foco em Growth e performance. Aplicar um olhar de growth na forma de atuar com Marketing me levou a construir soluções fora da caixa na minha carreira e realizar muitas experimentações para o crescimento dos negócios que atuei.

Quais são os principais aprendizados da sua trajetória?

Gabi: Descobri que atuar com marketing vai muito além de saber escolher os canais certos ou a estratégia perfeita. Cada vez mais, para atuar com marketing é preciso ter habilidade emocional para lidar com o incontrolável, e aprender a fazer sempre do limão uma limonada. Além disso, um dos grandes aprendizados está em se manter curiosa o tempo todo, realizando testes e atualizando a visão sobre o que funciona ou não para cada empresa. Marketing é atuar de forma singular, seja com a liderança do time, os processos de cada empresa e principalmente na tomada de decisões. O grande problema da humanidade é achar que existem respostas prontas para o que funciona ou não. É preciso paciência para entender o momento de cada empresa e o que ela precisa. Eu sempre digo que o que pode ser feito é uma infinidade de soluções e canais estratégicos, o grande desafio está em ter uma visão 360 e saber o que priorizar com a verba financeira que estiver ao alcance. Gosto muito de uma frase (não me recordo a fonte exata), que diz o seguinte: “Tudo muda o tempo todo, mas uma coisa não muda: marketing é feito para as pessoas”. Portanto, aprender a trabalhar com pessoas, ter empatia, saber ouvir, colher o máximo de informações sobre o seu público faz toda diferença. Além disso, saber construir um time de alta performance faz toda diferença, por isso, em minha trajetória busquei compreender e me aprofundar sobre a importância de um time plural e multidisciplinar.

O que você ainda almeja conquistar?

Gabi: Continuar com o crescimento que meu sócio Beto Harger e eu, estamos realizando com a Mega, esse ano a expectativa é de ampliar em mais 50% o faturamento comparado ao ano anterior. Nossa ideia também é continuar nas construções de novas tecnologias na área de comunicação e marketing. Vemos muito que o futuro das agências é andar para esse caminho da inovação, criando seus próprios produtos e soluções de acordo com a necessidade dos seus clientes. O pilar de transformação digital junto ao desenvolvimento da IA é super importante para continuarmos crescendo. Além disso, no meio da minha jornada como líder em algumas organizações, me aproximei de mulheres que estão buscando suas lideranças também e conforme fui vivendo e estudando sobre o assunto, quando pautado para mulheres, percebi alguns abismos de oportunidades e desafios singulares também. Hoje as mulheres ocupam em torno de 17% das presidências nas organizações no Brasil, por exemplo. E além disso, há indícios de muitas desistências dos cargos de lideranças, ainda que as empresas já tenham levantado o potencial de ganho com líderes mulheres. Por isso, tem alguns anos que venho estudando e me preparando para o desenvolvimento de um projeto que ainda é embrionário, mas que tem como objetivo principal impactar no desenvolvimento de mulheres olhando para além da técnica da liderança, mas sim para conteúdos específicos que auxiliem no aumento de bem-estar e mais mulheres na liderança a partir de uma jornada de autoconsciência. A ideia é que isso seja desenvolvido junto a um projeto de mestrado que estou aguardando a aprovação da inscrição. A newsletter do projeto foi lançada recentemente através da plataforma Substack.

Quais hábitos você mantém para ter mais qualidade de vida no âmbito profissional?

Gabi: São muitos! Pratico há 7 anos yoga e meditação. Além de buscar frequentemente os mais diversos auxílios para progredir na carreira e manter uma boa qualidade de vida e bem-estar. Entre esses recursos estão cursos, vivências, mentorias, coaches e terapias. Todos com objetivos diferentes, mas de grande importância em algumas etapas da minha carreira. Eu acredito que somos parte de um ecossistema e para progredirmos precisamos sempre pedir ajuda aos especialistas sempre que sentirmos necessidade. Sozinhos não progredimos. Além disso, há os cuidados que levo comigo para a rotina semanal, além do yoga e meditação, exercícios físicos, caminhadas matinais com o meu caramelo Eddie e meu marido Victor, e estar sempre buscando um espaço em meio a natureza. Venho trabalhando nos últimos anos também na melhoria do sono, já que ouvi falar que esta é a maior fonte da juventude que podemos ter. Ao mesmo tempo, sei que a realidade de cada pessoa é única, vale adaptar como o que é possível fazer e buscar o melhor para si, e o mais importante: buscar sempre ajuda!

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Fundadora do Economia SC, 3 vezes TOP 10 Imprensa do Startup Awards e TOP 50 dos + Admirados da Imprensa em Economia, Negócios e Finanças.

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