Para reduzir os efeitos da crise econômica provocada pelo coronavírus, o governo federal instituiu a Lei no 14.020, que permite que empresas realizem acordos de redução da jornada de trabalho, de salários e de suspensão temporária de contratos de trabalho.
De acordo com o Ministério da Economia, de abril deste ano até a primeira quinzena de julho, mais 12,8 milhões de acordos foram celebrados no Brasil.
Desse total, quase 5 milhões de trabalhadores tiveram seus contratos de trabalho suspensos temporariamente (43,3%) e aproximadamente 2,8 milhões tiveram o salário reduzido em 70%.
Em Santa Catarina, o sexto maior do país em empregos formais, pouco mais de 594 mil acordos foram celebrados entre empresas e trabalhadores.
A maior proporção se deu com a suspensão temporária de trabalho, com cerca de um terço dos trabalhadores impactados diretamente (213 mil).
Outros 137 mil profissionais tiveram seus salários reduzidos em 25%, e mais de 105 mil trabalhadores, em 70%.
De acordo com a economista da Caravela Soluções, Edilene Cavalcanti, “a indústria e o setor de serviços catarinense foram os que mais firmaram acordos nesse período. Na indústria, foram quase 294 mil, enquanto o setor de serviços somou 205 mil, principalmente nas atividades imobiliárias, financeiras, de informação e comunicação”.
O ápice da busca por acordos ocorreu em abril, mês que começou e terminou com medidas de distanciamento social.
A data coincide com o maior saldo negativo de empregos no estado, com 73 mil postos de trabalhos fechados. Considerando também o mês de maio, o número sobe para 95 mil.
Nesse período, Joinville (-10,9 mil), Florianópolis (-8,9 mil) e Blumenau (-7,3 mil) foram os que mais fecharam postos de trabalho.
Além disso, representam 32,8% dos acordos de suspensão temporária de contratos de trabalho do estado (69,8 mil) e 28,9% dos acordos para redução de mais da metade do salário.
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