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“Antes o recrutador ditava as regras, hoje é o talento quem escolhe”

Foto: divulgação

A pandemia acelerou os negócios digitais, as tendências do mercado e também alterou as relações dentro das empresas.

Hoje, por exemplo, os talentos escolhem as regras do jogo e trabalham para companhias de qualquer lugar do mundo.

Mais do que simplesmente “estabilidade financeira”, esses profissionais querem autonomia, flexibilidade, propósito, desenvolvimento e reconhecimento. Não é tão simples retê-los.

Depois de um longo processo de pandemia e gerenciamento da equipe remota, fica claro para os gestores a importância de uma cultura organizacional forte para a sustentabilidade do negócio. 

Na coluna de hoje, falamos com Osvaldo Coelho, fundador da Fluxo, uma startup que usa inteligência de dados para entregar um direcionamento mais assertivo para os gestores das empresas.

“Os RHs perdem muito tempo com a famosa pesquisa de clima, criando forms, fazendo perguntas em duplo sentido, traduzindo tudo em excel e quando chega o momento de agir já é tarde demais. Os problemas mudaram, as pessoas saíram. É preciso agilidade e compromisso com a ação, enfatiza.

E ele tem razão. De acordo com a Gallup Poll, o engajamento dos colaboradores pós pandemia despencou significativamente.

Além disso,  somos o segundo país com maior índice de burnout, tendo mais de 40% dos afastamentos por ansiedade e estresse no trabalho. Como lidar com todas essas questões? Confira a nossa conversa completa aqui:

Como você vê a relação do RH com os seus colaboradores, antes e após a pandemia?

O assunto RH está em destaque no atual momento, juntamente com outras palavras como saúde mental, felicidade no trabalho e bem-estar. E isso mudou muito em função da pandemia, mas também pelo fato dos gestores enxergarem a importância de uma cultura organizacional forte para o sucesso e sustentabilidade de uma empresa no mercado. Os colaboradores querem trabalhar para empresas que possuem uma marca forte. A mesa virou, antes era o recrutador que ditava as regras, hoje é o talento quem escolhe. 

De que maneira vocês acreditam que podem solucionar esse problema? O que a Fluxo traz de disrupção?

O RH achou um lugar na mesa de reunião das empresas para discutir questões estratégicas e que impactam, e não lidar apenas com folha de pagamento no fim do mês. A nossa disrupção se encontra justamente em ajudar o RH a ser esse protagonista de mudança. Ajudamos ele a mapear, entender a saúde e o nível de engajamento e FIB (felicidade interna bruta) da equipe no trabalho. O maior valor que um RH pode dar para os colaboradores (antes ou depois da pandemia) é uma empresa respeitada no mercado. Nossa disrupção vem por meio da nossa praticidade e inteligência em “escutar” a equipe de forma simples, intuitiva e rápida, a fim de direcionar as estratégias e ações para atingir isso o quanto antes. 

Por quê você apostou nesse segmento?

Sempre gostei muito de trabalhar com pessoas, o trabalho em equipe, bater metas em grupo, tudo isso me chama muito a atenção. As empresas precisam de pessoas unidas, criando, inovando e resolvendo problemas juntos. E isso gera conflitos, a diversidade gera pensamentos diferentes, e não tem problema. Gosto muito de futebol e por isso faço alguns paralelos: os conflitos precisam ser deixados em campo, as empresas precisam correr atrás de um “trofeu”, comemorar a vitória de um jogo é diferente de comemorar a vitória de um campeonato – qual é o seu campeonato? A gente vê muitas empresas sem norte, sem objetivos e metas audaciosas.

Quem são seus atuais clientes?

Nossos clientes variam entre hospitais, indústrias, instituições financeiras, clínicas e comércio. Alguns: Grupo Cartão de Todos, Hospital São Cristóvão, Hospital do Coração de Goiás, Sicoob e outros.

Em qual nível de amadurecimento está a sua startup?

Estamos em fase de tração pós ponto de equilíbrio. Estamos com um crescimento médio de 45% mês. Fomos acelerados pelo SEED MG e a aceleradora Overdrives.

Quais as perspectivas de mercado até o final deste ano e para 2022?

Queremos atingir um MRR de até 100k (até dezembro 2021) e ser referência para o trabalhador brasileiro quando o assunto é prioridade com a felicidade no trabalho, cultura organizacional e orgulho da marca. 

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Jornalista do ecossistema de startups

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