Janeiro somou US$ 591 milhões aportados em startups brasileiras, ao longo de 48 rodadas, sendo 32 delas em early stage e outras 16 em late stage.
Os números estão na mais recente edição do Inside Venture Capital Report, relatório mensal produzido pela plataforma de transformação digital e inovação aberta Distrito, com o apoio do Bexs.
Mais uma vez, o setor que concentrou a maior parte dos investimentos foi o de fintechs, que recebeu ao todo US$ 319,2 milhões, sendo a maior parte do volume, US$ 260 milhões, captada pela Creditas.
O total é 27% inferior ao montante aportado no mesmo mês do ano passado, que bateu um recorde para o período após o Nubank captar uma rodada de série G de US$ 400 milhões.
Para Gustavo Gierun, CEO do Distrito, o fato de o valor ser menor não significa que o mercado está desaquecendo.
Foram ainda realizadas 20 fusões e aquisições no mês, o que fez desse o janeiro com o maior número de M&As da série histórica.
“É possível ver que, mesmo em um cenário de incertezas macroeconômicas, inflação alta e subida de juros, investimentos de venture capital continuam apresentando cifras altas. A transformação digital das empresas permanece acontecendo, e é um processo infinito de renovação que precisa de cada vez mais soluções tecnológicas e robustas para sustentar o crescimento do mercado brasileiro”, destaca.
O relatório traz ainda um foco em SaaS (software as a service), ou seja, startups que trazem soluções tecnológicas na nuvem (cloud-based) como produto principal da empresa.
Os investimentos no setor específico somaram US$ 3,8 bilhões no ano passado, o que representa 48% dos aportes no ano.