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Vamos falar de comportamento

Foto: Alex Miranda.

Falamos um pouco sobre comportamento no que diz respeito à inteligência moral e emocional e como podemos fazer melhor tendo em vista algumas práticas para nos relacionarmos bem dentro de uma organização na minha última publicação.

Pois bem, fiquei devendo uma continuidade sobre o tema, porém dessa vez sobre o papel da organização no desenvolvimento de determinadas habilidades e também na pauta o tema transparência e feedback precisam ser considerados nesse contexto.

Os profissionais muitas vezes estão órfãos dentro de uma empresa, ou seja, acreditam estar cumprindo o compromisso da melhor entrega tanto no que tange aspectos técnicos, com suas competências, assim como no comportamento.

Isso acontece principalmente pela falta de clareza e transparência, ou seja, dados velados ou não precisos quanto ao que realmente tem impacto dentro do que executa, fazendo com que o profissional esteja continuamente confuso ou mesmo se sinta estável em suas atribuições.

Obviamente que não se pode ser claro e preciso se nem mesmo a empresa tem objetivos claros e tangíveis e principalmente mensuráveis.

Em uma pequena empresa, esse contexto é muito comum: em sua maioria não se administra um pequeno negócio tendo em vista indicadores, metas e métricas bem estruturados, muitas vezes se sabe apenas que se precisa faturar e, de forma míope e equivocada, entendem que o negócio vai bem por um único indicador que é o faturamento, ou no popular “o quanto se vende”.

Nas empresas maiores normalmente a estrutura pode ser diferente, com indicadores melhor definidos, mais estruturados, mas vale dizer que mesmo assim podem não ser claros quanto ao impacto deles no resultado, e tampouco das pessoas no atingimento deles.

Isso mesmo: não importa o tipo ou tamanho do negócio, clareza e transparência estão muito além de estrutura, é cultural.

Para isso é preciso primeiro que a empresa saiba responder uma pergunta: aonde ela quer chegar?

No entanto, essa pergunta, embora bem direta e relativamente simples, também carrega uma responsabilidade bastante importante e complexa de responder. Porém é imprescindível para a continuidade do negócio e principalmente qual rota seguir.

Definir onde dará ao grupo gestor a oportunidade de ir atrás do como, e aos seus colaboradores o executar sabendo exatamente onde é a linha de chegada. Quando se sabe onde, qualquer lugar já não serve mais.

Outra questão importante é que visão de futuro é algo que não pode cessar. Outra grande missão do empresário é dizer depois que chegar qual será o próximo destino do negócio.

A verdade é que somente assim poderá se cobrar o comportamento adequado de seus colaboradores e gestores, incluindo também a alta gestão.

O propósito, seguido da visão, é o que sustenta a operação de forma que o negócio siga se reinventando. Fato é que uma organização precisa ser a fonte para que o recurso humano responda de maneira eficaz e eficiente.

Uma empresa aberta ao desenvolvimento com políticas e regimentos bem estruturados dá liberdade e colhe a responsabilidade de quem se sente parte e o pertencimento é hoje uma das frentes mais assertivas para quem quer crescer no índice de retenção de talentos.

Outra premissa importante é o estímulo ao desenvolvimento, as gerações Y e Z estão absolutamente avessas a empresas que minimizem as questões que visam o desenvolvimento dos indivíduos, seja intelectualmente ou pessoalmente, e ainda que não estejam abertas às práticas mais modernas de gestão.

Exemplos são a jornada híbrida, que acendeu na pandemia, ou o trabalho de PDI (Programa de Desenvolvimento Individual) e coachs corporativos, que promovem o desenvolvimento total do colaborador dentro de suas potencialidades e quanto à transparência das suas limitações para seu aperfeiçoamento.

Portanto, obviamente, se pode concluir que, como comentado no meu artigo anterior: comportamento é seguramente uma via de mão dupla, e muito amplo no que diz respeito à gestão de pessoas.

É preciso ter profissionais íntegros, que busquem o compromisso da melhor entrega, afinal, as empresas vivem de resultado, mas também é importante que elas promovam o ambiente apropriado e propício para que, sim, o sucesso seja fato, e que seja mútuo.

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Diretora comercial e marketing do Grupo Linear

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