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Autonomia e eficiência: o que a gestão ágil trouxe para o nosso negócio

Foto: divulgação.

Talvez uma das tarefas mais difíceis de se assumir enquanto empreendedor é descentralizar a tomada de decisão da empresa. Nem sempre é fácil abrir mão da autoridade que exercemos em cargos de liderança, não por egoísmo ou falta de confiança na equipe, mas pelo excesso de zelo com o negócio.

Quem é empreendedor com certeza se viu em algum momento da sua história neste cenário: chega um momento em que, ou você opta por criar um time preparado e com autonomia para decidir os próximos passos da empresa, ficando com as decisões da ponta da gestão, ou não conseguirá crescer.

É neste aspecto que a gestão ágil surgiu como um divisor de águas para a minha carreira e tem sido um grande acerto na Híbrido. Sair daquele modelo tradicional de comando e controle já começou com a própria configuração do nosso negócio.

Assim, a opção pela gestão ágil para além das entregas do setor de desenvolvimento foi vista como fundamental para a consolidação e crescimento da empresa. Hoje temos uma história que se apoia na tomada de decisão com foco no cliente, com inúmeros ganhos.

Entre os fatores que me levam a crer na gestão ágil como a mais assertiva, especialmente em empresas ligadas à inovação, destaco:

  • O combinado não sai caro: nossos líderes e liderados sabem exatamente o passo a passo dos projetos, alinhados semanalmente nos rituais operacionais. Eles têm visibilidade em relação às entregas, o que garante muita autonomia a todo o time. Você não precisa me dar um overview das suas entregas se elas já seguem o fluxo da gestão ágil. Isso também garante o fim das pontas soltas. Ou seja: a autonomia é diferente da falta de visão das entregas. O que fizemos foi eliminar a cultura do comando e controle para trazer uma gestão mais aberta. Você entrega o que foi acordado com seu time, não importando se está na empresa, em casa, se fez primeiro este ou aquele ponto. Para as pessoas, isso significa liberdade para trabalhar da forma que se sentem mais confortáveis e rendem mais.
  • Estratégia data driven: um plano anual sem revisão constante com base de dados e validação de hipóteses pode tornar o seu negócio muito engessado, especialmente em uma área como a nossa. Por isso, na cultura ágil nós testamos muito e temos essa liberdade de validar novas ideias com frequência. Todas elas baseadas nos dados que coletamos ao longo desse processo e com indicadores claros que mostram se a iniciativa foi bem ou mal sucedida.
  • Feedback é rei: nossos ciclos de entregas são mais curtos e baseados em muito feedback. Essa gestão próxima, em que a transparência dá o norte aos líderes torna a rotina de trabalho muito mais dinâmica e dá ao colaborador a certeza de que ele é parte do negócio, não apenas mais um na empresa. A retrospectiva também acontece junto ao cliente, maior impactado pelas nossas entregas: indicadores como CSAT e NPS dão voz à satisfação de curto e longo prazo.
  • Sprints de desenvolvimento com foco no cliente: uma gestão ágil não pode se basear nas entregas que a empresa pensa serem mais adequadas para o momento. O foco, sempre, será no cliente, na sua necessidade e nos ajustes que ele precisa para aquele momento. E descentralizar a tomada de decisão facilita essa visão com base no que cada cliente precisa. Rasgamos a cartilha, no bom sentido, para olhar cada negócio de acordo com a sua particularidade.

Como CEO, as decisões que me cabem não são aquelas que estão ligadas ao dia a dia do funcionamento de um projeto, mas sim as com foco macro.

Tenho mais tempo para definir o andamento da empresa, ajustar o leme junto com meus sócios e líderes, enquanto no cerne de cada projeto, a rotina flui.

Verticalizar a tomada de decisão não é apenas uma opção, é uma decisão essencial para o crescimento rápido, mas consistente, de um negócio. A sua empresa já adota a cultura ágil? Como tem sido a sua experiência?

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CEO da Híbrido

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