A Overdrives, que é mantida pela Ser Educacional, um dos maiores grupos brasileiros de educação superior, está acelerando e investindo em startups brasileiras do norte ao sul do país.
Serão investidos um total de quase R$ 2 milhões até o final deste ano. O foco da aceleração são startups em começo de operação.
Um dos diferenciais é ter à disposição das startups um ambiente universitário, o grupo Ser Educacional é dono de marcas como Uninassau, Uninabuco, Univeritas, Unama e Uninorte.
Além disso, dentro do cenário aquecido de CVCs no ecossistema de inovação, a aceleradora é a única deste segmento, que investe em startups sem intenção de compra, como a Fixit, a Alfaia e a UpSaúde.
Para o presidente do grupo Ser Educacional, Jânyo Diniz, as empresas têm muito a contribuir com a sociedade:
“Selecionamos empresas de diversos segmentos e com potencial para criar novos negócios e desenvolver soluções que facilitem o dia a dia da população. Juntos, vamos desenvolver os projetos inovadores destas startups com o objetivo de atrair outras com potencial de sucesso e grandes empresas para, juntas, desenvolverem conexões, oportunidades de negócio e investimentos adequados”.
Neste ano, a aceleradora fez uma parceria inédita com a NE Capital do Grupo JCPM, uma das maiores holdings do país com atuação nos setores de shopping center, imobiliário e de comunicação para acelerarem juntos mais empresas inovadoras.
“Com a pandemia do novo coronavírus toda nossa base metodológica foi redesenhada de modo que, hoje, ser remoto é estrategicamente mais interessante. O novo método foi aplicado nas últimas turmas e comprovado por entregar a mesma qualidade dos processos presenciais”, explicou o diretor da aceleradora, Luiz Gomes.
O programa apresenta um modelo de aceleração atrativo por cobrir as cinco demandas principais das startups em início de operação: acesso à capital, acompanhamento estratégico e operacional, conexão com o mercado, apoio técnico por meio de uma extensa rede de mentores e o desenvolvimento de uma comunidade empreendedora aberta às trocas de experiência.
CASES
Uma das startups que mais se destacaram no programa é a Fix it, healthtech que desenvolveu um substituto descolado e ecológico ao gesso para a imobilização de membros e articulações. A empresa já vendeu 5 mil órteses este ano e prepara expansão do negócio pelo mundo.
De acordo com Felipe Neves, CEO da Fix it, a startup já tem atuação no Paraguai e na Argentina, mas negocia operações em outros sete países ao redor do mundo como Uruguai e Suíça.
Já o Scamb nasceu para atuar no tripé moda + tecnologia + sustentabilidade, navegando mais especificamente no mercado de segunda mão e trazendo uma solução que vai além das propostas atuais.
O objetivo é promover a real circularidade das coisas paradas com uma solução econômica e sustentável para os usuários. A empresa está neste momento expandindo para o nordeste brasileiro.
Até mesmo empresas internacionais estão sendo aceleradas, como a WhyWaste que surgiu em 2015 na Suécia com um sonho de eliminar o desperdício de alimentos no mundo com uso de inteligência artificial.
A startup desenvolveu um sistema data-driven que ajuda o varejo a identificar alimentos cuja data de validade está próxima, possibilitando que sejam processados, utilizados ou doados, em vez de descartados.
Hoje a empresa está presente em 12 países e quatro continentes, onde rodam a tecnologia em prevenção de perdas em milhares de lojas das principais redes de varejo do mundo, viabilizando reduções que chegam a 60% em seus índices históricos. A WhyWaste já recebeu aproximadamente R$ 3,7 milhões em investimentos.
Com 3 anos de operação, a Overdrives já realizou 5 turmas de aceleração, 15 investimentos em startups que atuam em mercados distintos.