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Comércio exterior: desafios no primeiro semestre, otimismo no segundo

Lucas Vogt - 3SCORP
Foto: divulgação/3SCORP

Por Lucas Vogt Schommer, CEO e co-fundador do Grupo 3S CORP

O ano de 2023 tem apresentado muitas incertezas quando o assunto é comércio exterior. Depois de um primeiro semestre com desafios internos e externos, buscamos olhar para os próximos meses com otimismo, mas ao mesmo tempo com a cautela necessária.

É o momento de atenção para todos os movimentos do mercado externo e de acompanhar dados macro econômicos para tomada de decisões. Estabelecer alianças estratégicas é outro fator importante para impulsionar o crescimento econômico.

Nestes primeiros seis meses do ano, enfrentamos um mercado cauteloso, tateando quais seriam as principais ações do novo governo, diante das ordens de compra congeladas. No mesmo sentido, no cenário externo, vimos muitas indústrias com estoque bastante alto, sinalizando retração nas compras globais.

No Brasil, desde o último trimestre de 2022, tem sido observada uma ampla desaceleração da atividade econômica, conforme indicadores setoriais. Essa tendência persistiu nos primeiros meses de 2023, com sinais de arrefecimento no mercado de trabalho, como um leve aumento na taxa de desocupação, refletindo a perda de dinamismo na população empregada.

Mas ainda temos metade do ano pela frente. A expectativa é de aumento do nível dos fretes em função da alta temporada na China, momento em que as ordens de compra são colocadas para abastecer fábricas e o varejo para as compras de fim de ano. E no Brasil, começamos a ver indicadores positivos.

O Produto Interno Bruto (PIB) do país registrou um crescimento de 1,9% no primeiro trimestre de 2023 em relação ao trimestre anterior, considerando o ajuste sazonal. Em comparação com o mesmo trimestre de 2022, o PIB teve um crescimento de 4%. No acumulado dos últimos quatro trimestres, o PIB apresentou um aumento de 3,3% em relação aos quatro trimestres anteriores.

No primeiro trimestre de 2023, o resultado primário do Governo Central, que inclui o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central, foi superavitário em R$ 31,4 bilhões. Essa marca é a melhor registrada nos três primeiros meses de um novo mandato desde 2015, conforme destacado pelo secretário do Tesouro Nacional.

A estimativa de crescimento do PIB de 2023 foi revisada de 1,6% para 1,9%. Essa revisão reflete a divulgação de indicadores econômicos com resultados superiores aos projetados para o primeiro trimestre e início do segundo trimestre. Segundo o relatório, o cenário está mais favorável do que há um ano, especialmente para os setores de bens essenciais.

No comércio exterior, o setor que mais cresce é o agro e toda a cadeia ao redor, envolvendo insumos, maquinários, peças de reposição, bem como exportação de grãos e carne. Com os novos incentivos do governo, há expectativa para o aumento da entrega de veículos novos e, consequentemente, movimentos nas indústrias deste setor.

A sustentabilidade tornou-se cada vez mais importante para a maioria dos consumidores e continuará sendo uma prioridade não apenas em 2023, mas também nos próximos anos. Para garantir um crescimento sustentável, é essencial ter um planejamento adequado.

O comércio exterior é um setor dinâmico e influenciado por muitas frentes. A atuação no setor exige experiência, dinamismo e muita dedicação. Só assim superamos os desafios nacionais e internacionais e continuamos fazendo diferença positiva na economia.

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