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Turnaround management: como as empresas podem ser reestruturadas diante de um cenário de crise

Foto: divulgação.

Um termo muito comentado no mercado atualmente é turnaround management, que nada mais é do que gestão de recuperação/reestruturação. Ou seja, com uma crise econômica relevante no país atualmente, muitas companhias acabam necessitando de uma reestruturação em seu negócio.

Pois bem para que um turnaround tenha o efeito desejado é importante avaliar três pilares que entendo como primordiais para o sucesso da reestruturação, são eles:

  • Reestruturação financeira
  • Reestruturação operacional
  • Reestruturação societária

Reestruturação financeira: neste momento é importante avaliar todo o passivo existente na companhia e identificar a melhor forma de conduzir com os credores um novo alinhamento do formato dívida, prazos, carências, redução de garantias, entre outros pontos particulares de cada negócio.

Esta etapa é caracterizada por alguns desconfortos e stress com determinados credores, haja visto que o encontro dos denominadores não é algo fácil tratando-se de recursos financeiros, porém extremamente necessário para manutenção das operações da companhia.

Reestruturação operacional: passado o período de realinhamento financeiro, adentra no período de avaliação operacional, onde por meio de um diagnóstico aprofundado de todas as áreas da empresa, realizando após o diagnóstico, otimizar ao máximo os pontos positivos e eficientes encontrados e também desenvolver planos de ações e executá-los de forma eficaz, os pontos negativos ou ineficientes;

Nestes atos é comum a redução do quadro de pessoal, investimentos em tecnologia para aumento de produtividade e/ou confiabilidade do processo, terceirização de áreas, , porém cabe lembrar que todos esses movimentos demandam em muitas vezes um desembolso de caixa substancial, neste sentido importante sempre ter isto claro na tomada de decisão.

Reestruturação societária/ativos: o último pilar em um processo de reestruturação é na avaliação da composição societária, como já relatada anteriormente a necessidade de novos recursos financeiros é imprescindível, então neste que se busca um novo acionista para aporte de recursos e com eles a empresa direcionar para liquidação de dívidas existentes, investimentos na operação ou melhorar a estrutura de capital. Outra situação comum é a venda de ativos não operacionais, muito comum encontrar nas empresas, investimento em outros negócios fora do “core bussiness”, aquisição de imóveis, que possam servir de fonte entrada de recursos financeiros, para apoiar na execução do plano de reestruturação.

De uma forma muito sucinta, descrevi acima alguns pontos que entendo como obrigatório para condução de uma gestão de reestruturação, no entanto não existe receita pronta, a necessidade de profissionais capacitados e um diagnóstico muito bem elaborado, são pontos relevantes para a condução de uma mudança de rota, respeitando os valores e cultura da companhia em questão, mas sempre construindo um novo modelo de gestão com proposito de geração de resultados.

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Administrador e sócio da Horus Performance em Gestão.

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