Os pequenos e médios negócios exercem um papel crucial para a engrenagem da economia brasileira. Segundo o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), eles correspondem a quase 99% das empresas abertas no país, geram cerca de 27% do PIB brasileiro e aproximadamente 80% dos empregos com carteira assinada em território nacional, de acordo com o Sebrae.
Concomitantemente, é fundamental salientar que o ambiente empresarial brasileiro é extremamente competitivo e o fluxo de abertura de novos negócios segue em ritmo bastante ágil: só no primeiro quadrimestre de 2024, mais de 1,4 milhões de empresas foram abertas, dado que representa uma alta de 9,2% em relação ao mesmo período de 2023, conforme dados disponíveis no Mapa das Empresas do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
Assim, quando consideramos o cenário de alta concorrência do mercado brasileiro, é possível inferir que a abertura de um negócio é apenas o primeiro passo para a conquista do sucesso em uma trajetória empreendedora.
Nessa jornada em que oportunidades e desafios caminham em conjunto, é indispensável contar, dentre outros pontos, com um planejamento estratégico que estruture – e remodele, sempre que necessário – o posicionamento de produto, a comunicação da empresa e as estratégias de marketing que, por sua vez, sustentam as ações comerciais de um negócio.
E um dos pilares desse posicionamento, hoje acessível também para pequenos e médios negócios, diz respeito às ações de assessoria de imprensa. Por meio da aproximação com veículos relevantes da mídia impressa e digital, PMEs podem, por exemplo:
- Fortalecer seu posicionamento em canais importantes de seu respectivo segmento de mercado;
- Diferenciar-se, em termos de marketing e branding, da concorrência, ao construir um discurso que sustenta a qualidade de seus produtos e serviços;
- Ganhar voz no mercado, por meio da inserção dos empreendedores como porta-vozes em matérias especializadas da imprensa.
E, conforme supracitado, tal investimento, atualmente, não só pode ser abarcado no orçamento de pequenas empresas – a partir, sobretudo, dos modelos de success fee nos quais o direcionamento dos recursos de comunicação só é realizado após a entrega de resultados, ou seja, a inserção na mídia –, como pode ser rota decisiva para que as PMEs ganhem destaque em um ambiente de negócios com amplo volume de negócios abertos.
Para tanto, é recomendado considerar etapas como a estruturação dos budgets de comunicação e marketing – diferentes especialistas indicam, nesse sentido, uma porcentagem média de 5% do faturamento da empresa para tais investimentos; o alinhamento, com agências especializadas, dos veículos e canais mais significativos para o posicionamento da empresa; e o alinhamento entre os esforços de comunicação, marketing e vendas.
Dentro de todo esse contexto, é positivo observar que, de modo cada vez mais amplo e democrático, as empresas brasileiras têm se atentado para a importância dos esforços de comunicação empresarial. Nesse sentido, dados da ABERJE em parceria com a Fundação Getúlio Vargas apontam que os negócios do país devem investir R$ 36 bilhões para estratégias comunicacionais ao longo de 2024.
Além de representar uma alta em relação a 2023, o indicador é um importante norte de uma mudança cultural no país. A maioria das organizações já sabe que não basta contar com bons produtos, serviços ou mesmo com uma nova tecnologia inovadora (no caso das startups): é preciso fazer com que o público conheça esses diferenciais e, mais do que isso, se convença da qualidade de uma marca por meio de um discurso claro, transparente e seguro.
E, como é possível inferir, o posicionamento em veículos confiáveis é uma via assertiva nessa jornada de levar a voz de sua empresa até seus consumidores. Em outras palavras: mais do que nunca, a comunicação é a alma de um negócio.