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A trajetória de uma investida

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Foto: divulgação.

Um fundo de venture capital é uma importante parte do ciclo de investimentos, que cumpre uma função específica depois dos anjos e do seed capital, mas antes também dos fundos de private equity e da abertura de capital.

Trata-se de uma relação que, desde o início, deve ser transparente, trazer sinergia, empatia e sem dúvida deve representar uma oportunidade de crescimento para ambos os lados, investidores e investidas.

Para o empreendedor, hoje mais do que nunca, existem inúmeras formas de acessar capital para impulsionar seu negócio. A decisão de dividir um pedacinho da empresa com um terceiro, certamente é um processo de amadurecimento, e também, pode representar a soma do expertise de alguém com olhar profissional que analisa de fora e pode contribuir com conhecimento, estratégia, métrica e muita governança.

Parte importante da trajetória é a congruência entre o momento de uma rodada de investimento de uma empresa e a tese de investimento dos agentes desse mercado, que estão em busca daqueles negócios que apresentem oportunidade de disruptura para um mercado e um potencial enorme de crescimento.

PULSES, A NOVA INVESTIDA

Com o propósito de transformar a relação da empresa com seus colaboradores e virar uma ferramente que seja estratégica na transformação do trabalho pós-pandemia, Cesar Nanci, especialista em Data Science e doutor em engenharia de produção, Renato Navas, psicólogo e especialista em comportamento humano, Michelly Dellecave, mestre em psicologia e professora, Beth Navas, psicóloga e mestre em administração, e Fábio Bucior, administrador, apaixonado por tecnologia e desenvolvimento de sistemas, se uniram para criar a Pulses

Essa foi a scale-up escolhida para ser o primeiro investimento de um novo ciclo de investimentos da Invisto, gestora de Florianópolis que há mais de 12 anos investe no ecossistema do Sul do país. E, foi a mistura de engenharia, psicologia e tecnologia numa mesma plataforma, que despertou o interesse.

A Pulses é uma empresa que tem soluções de clima organizacional, engajamento e performance medidos de forma contínua. É uma SaaS customizável e a primeira plataforma 100% brasileira de continuous sensing. Foi construída por especialistas em comportamento humano, data science & analytics e UX designers.

A plataforma monitora continuamente a opinião dos colaboradores com perguntas enviadas semanalmente por e-mail, app, SMS ou slack. Depois, as respostas são coletadas e mostradas em tempo real em um dashboard para os líderes. A metodologia Pulses é a única no mercado nacional e internacional que acompanha os principais preditores do engajamento e aprofunda automaticamente as causas raízes usando inteligência artificial. Ela fornece uma visão global da empresa e detalhada de cada equipe, protegendo o anonimato do colaborador, e apresenta relatórios prontos para uso com recomendações de boas práticas. Atende empresas como Stone, Lojas Americanas, Dasa, Energisa e iFood.

A HISTÓRIA DA EMPRESA

A Pulses nasceu em agosto de 2016, de uma insatisfação com os modelos ultrapassados de pesquisa de clima organizacional, engajamento e performance que as organizações vinham utilizando. 

Ao contrário de muitas empresas de tecnologia, a Pulses nasceu do RH (seus fundadores atuaram como gestores e consultores de RH por muitos anos) e viu na tecnologia uma oportunidade de revolucionar a maneira de aplicar pesquisas, combinando ciência de dados, user experience e psicologia organizacional.

Seus sócios perceberam a necessidade de criar uma ferramenta real-time, que refletisse a agilidade e rapidez da era digital e que desse voz aos colaboradores. 

A Pulses iniciou sua jornada com foco em Clima e Engajamento, mas depois percebeu a necessidade de inovar na Gestão da Performance, criando novos módulos.

Obcecados por simplificar as coisas, acreditando que a tecnologia pode aproximar as pessoas e transformar culturas, e olhando para as tendências de mercado, a Pulses tem como lema empoderar líderes na gestão do clima, engajamento e performance de seus times, estimulando um novo papel para o RH, mais consultivo e ágil. 

NÚMEROS IMPRESSIONAM

  • A empresa quintuplicou de tamanho em 2019, triplicou em 2020 e em 2021 cresceu três vezes. 
  • Mais de 600 clientes de todos os portes e segmentos. Entre eles: Stone, iFood, Energisa, Dasa, Grupo Pão de Açúcar, Via Varejo, C&A e Lojas Americanas.
  • Mais de 620 mil colaboradores cadastrados na plataforma e sendo ouvidos pelas empresas continuamente.
  • Em março de 2020, a Pulses lançou o Termômetro de Crise, uma pesquisa gratuita para que os gestores pudessem avaliar os impactos da crise do coronavírus nos colaboradores, tanto em níveis de adaptação com o home office quanto em níveis de saúde mental e produtividade. O número de cadastrados na ferramenta chegou a aumentar 7 vezes em 2 meses.

E como é o dia a dia de uma investida após a chegada de um fundo de VC?

Para Cesar, “a empresa sempre teve uma gestão baseada em indicadores e reports semanais, mensais e trimestrais das operações. Sob este aspecto mudou pouco, exceto pela governança que uma S.A. exige e que estamos aprendendo a lidar. A maior diferença no dia a dia é a segurança que um fundo institucional nos dá, e na Pulses isso se reflete em maior foco. Em cenários de escassez, sempre existia um “porém” que é a grana.  Mas ao saber que há capital para sustentar o crescimento temos a tranquilidade que precisamos para focar no negócio, no crescimento e sonhar ainda mais alto. E com a gestora temos conseguido o foco necessário para crescer”. 

Disponibilidade para focar no negócio, crescer e sonhar, definitivamente investir em um time com essa visão é algo que vai muito além dos múltiplos e indicadores financeiros de uma relação de investimento em VC, ter um fundo do ecossistema de inovação possibilita acesso a uma rede que traz conhecimento, networking e experiências que agregam muito mais do que o dinheiro ao negócio, que são essenciais para o crescimento”, destaca Michelly.

Escolher com sabedoria e consciência, abrir-se para a opinião e interferência estratégica de um sócio profissional e principalmente, preparar-se para esta etapa, são alguns dos pontos que devem ser considerados no momento da construção da trajetória de investimento de um startup.

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Investidora com mais de 15 anos de experiência no mercado financeiro e head de relações com investidores da Invisto

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