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A consolidação do PIX e do open banking e as mudanças para o mercado financeiro em 2022

Foto: Vittaya_25/AdobeStock

O ano de 2021 foi de muitas transformações no mercado financeiro. As duas principais, a consolidação do PIX e do open banking, revolucionaram algumas práticas que já eram ultrapassadas e começaram a otimizar o fluxo financeiro nacional.

A quarta fase do open banking entrou em operação na metade de dezembro do ano passado e deve ocorrer de forma escalonada até 25 de março de 2022.

O PIX completou um ano de existência em novembro de 2021. Segundo o Banco Central (BC), já foram cadastradas mais de 348 milhões de chaves e 1,6 bilhão de transações neste período. Em 2022, além de observar de perto a consolidação dessas mudanças, vamos além e iremos fazer parte da modernização do setor financeiro. 

Duas frentes diferentes estão envolvidas neste processo: de um lado temos as instituições financeiras que estão provendo esses serviços e, de outro, as fintechs que serão o meio de campo para conectar com o pequeno e médio empreendedor que estão na outra ponta.

Em relação ao PIX especificamente, estamos em uma etapa mais avançada após um ano de operação muito bem-sucedida. Agora estamos nas fases de certificação das camadas de open banking, que irão se comunicar com o PIX.

Os dois produtos andam muito próximos: precisamos do open banking para dar mais robustez para as fintechs que querem resolver os problemas diários dos empreendedores.

Ao mesmo tempo, precisamos do PIX 100% operacional para ser uma das ferramentas de recurso em real time, que é o grande avanço do momento. Assim, estamos chegando em um momento crucial. 

Passadas essas certificações, as fintechs poderão acessar em ambiente de produção as informações e começar a trazer uma nova gama de ofertas e serviços para o mercado, produtos que ainda não conhecemos. 

Será possível notar a diferença principalmente em relação à inovação. As fintechs serão capazes de analisar as informações no open banking, trazer para dentro do universo da empresa e, então, oferecer os melhores produtos baseados nesses dados, como, por exemplo, pagamento automatizado e controle de fluxo de caixa mais preciso.

Poderemos observar a criação de muitas soluções nichadas, fintechs especialistas em reduzir taxa de cartão, em melhorar fluxo de caixa, reduzir taxas de juros, etc. Isso tudo vai nascer e ser 100% digital, eliminando várias etapas burocráticas em um ambiente seguro, já que é uma plataforma gerenciada pelo Banco Central, com regras muito rígidas de certificação.

Por estarem inseridas no contexto em que a adaptabilidade e a busca por soluções são constantes na evolução do modelo de negócio, as fintechs serão ainda mais impulsionadas.

Assim como para o restante do setor financeiro, o open banking é um movimento bastante positivo para o ecossistema, por promover a descentralização do mercado, trazendo maior possibilidade de concorrência com as grandes instituições.

A democratização do acesso através de uma padronização da comunicação entre instituições reguladas e não reguladas é o coração do Open Banking. 

O ano de 2022 será, então, revolucionário para o setor, já que o movimento dá muita margem para a criatividade das fintechs, uma das principais características dessas empresas.

Quando o open banking estiver 100% em operação, junto com o PIX, teremos uma mudança enorme: uma aceleração muito maior em produtos e serviços para o cliente final.

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CEO da CashWay

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