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Como decidir quais investimentos devem ser feitos e quais demandas devem ser priorizadas em TI?

Foto: DC Studio/AdobeStock

Os recursos financeiros e humanos alocados em tecnologia costumam ser apenas uma pequena fração dos orçamentos empresariais.

É bastante comum que a equipe conte com cerca de três a cinco pessoas, entre os níveis júnior e pleno, para suportar uma ou duas centenas de colaboradores.

Com pouco recurso e alta demanda, nada mais do que necessário executivos de todas as áreas apoiarem a avaliação e tomada de decisão para apoiar e levar a empresa aos seus objetivos. Mas, como avaliar e apoiar não sendo da área?

Neste artigo falamos sobre as camadas que envolvem um ambiente  de tecnologia e partindo desta visão vamos começar a pensar em como priorizar os esforços.

Como toda avaliação, esta etapa exige que tenhamos conhecimento sobre o cenário atual e para isso, temos que começar  por algumas perguntas:  

1. Há fatores impactando diretamente a produtividade da equipe? Alguns exemplos que podem impactar a produtividade são:

  • Dificuldade no acesso.
  • Demora para executar tarefas.
  • Muitas atividades feitas em paralelo, como planilhas.

2. Nas camadas de rede, transporte e acesso, há brechas de segurança que podem colocar todo ambiente em risco? Aqui é preciso olhar para ferramentas e boas práticas, como:

  • Há implementado grupos de usuários, com perfis de acesso e níveis de segurança?
  • Há controles e ferramentas para limitar acesso, download e manipulação de arquivos duvidosos?
  • Ferramentas como firewall, antivírus, sistema operacionais, são mantidos atualizados seguindo as recomendações dos fabricantes?
  • São realizados treinamentos e orientações contínuas para equipe?

3. A infraestrutura (servidores e sistemas) utilizada terá suporte por quanto tempo? 

4. A arquitetura e infraestrutura estão em qual fase em seu ciclo de vida? 

Tecnologias são cíclicas e ter uma noção do momento das tecnologias que são utilizadas poderá fazer com que recursos sejam otimizados e o negócio acelerado. 

O Hype Cycle do Gartner é uma fonte interessante para avaliação. Na prática, adotar tecnologias muito novas poderá demandar alto investimento e tem grandes chances de não atender aos requisitos esperados.

Por outro lado, tecnologias ultrapassadas e obsoletas costumam ter alto custo para suporte e manutenção, além de limitar transformações de processos e automação.

Um exemplo prático é a comparação de tecnologias de virtualização com a computação em nuvem. A primeira foi essencial para escalar o uso de hardwares, porém, a segunda, traz escalabilidade, mobilidade e entrega plataformas diversas para reduzir custos com gestão.

Falaremos mais sobre tecnologias específicas nos próximos artigos e para encerrar, a sequência de prioridade de investimento deve ser:

  1. Segurança.
  2. Mudança ou evolução de tecnologias que atrapalham o trabalho (desempenho).
  3. Substituição de tecnologias obsoletas.
  4. Mudança ou substituição de tecnologias que geram alto custo com licenciamento, suporte ou manutenção.

Vale destacar que tecnologias e a área de TI em si devem ter a orientação de atender as demandas  do negócio.

Essa visão é importante, pois muitas vezes os profissionais se apaixonam por determinada solução ou tecnologia e acabam deixando de buscar ou acessar as alternativas mais aderentes ao negócio. 

Neste cenário, a atenção, orientação e apoio da liderança se fazem necessárias para trazer a equipe que já conhece as particularidades da empresa, para o processo de transformação.

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Diretor na Infra.Data | Infracommerce IFCM3, conselheiro de negócios e produtos com foco em receita recorrente e investidor anjo com foco em pessoas e negócios reais.

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