Os recursos financeiros e humanos alocados em tecnologia costumam ser apenas uma pequena fração dos orçamentos empresariais.
É bastante comum que a equipe conte com cerca de três a cinco pessoas, entre os níveis júnior e pleno, para suportar uma ou duas centenas de colaboradores.
Com pouco recurso e alta demanda, nada mais do que necessário executivos de todas as áreas apoiarem a avaliação e tomada de decisão para apoiar e levar a empresa aos seus objetivos. Mas, como avaliar e apoiar não sendo da área?
Neste artigo falamos sobre as camadas que envolvem um ambiente de tecnologia e partindo desta visão vamos começar a pensar em como priorizar os esforços.
Como toda avaliação, esta etapa exige que tenhamos conhecimento sobre o cenário atual e para isso, temos que começar por algumas perguntas:
1. Há fatores impactando diretamente a produtividade da equipe? Alguns exemplos que podem impactar a produtividade são:
- Dificuldade no acesso.
- Demora para executar tarefas.
- Muitas atividades feitas em paralelo, como planilhas.
2. Nas camadas de rede, transporte e acesso, há brechas de segurança que podem colocar todo ambiente em risco? Aqui é preciso olhar para ferramentas e boas práticas, como:
- Há implementado grupos de usuários, com perfis de acesso e níveis de segurança?
- Há controles e ferramentas para limitar acesso, download e manipulação de arquivos duvidosos?
- Ferramentas como firewall, antivírus, sistema operacionais, são mantidos atualizados seguindo as recomendações dos fabricantes?
- São realizados treinamentos e orientações contínuas para equipe?
3. A infraestrutura (servidores e sistemas) utilizada terá suporte por quanto tempo?
4. A arquitetura e infraestrutura estão em qual fase em seu ciclo de vida?
Tecnologias são cíclicas e ter uma noção do momento das tecnologias que são utilizadas poderá fazer com que recursos sejam otimizados e o negócio acelerado.
O Hype Cycle do Gartner é uma fonte interessante para avaliação. Na prática, adotar tecnologias muito novas poderá demandar alto investimento e tem grandes chances de não atender aos requisitos esperados.
Por outro lado, tecnologias ultrapassadas e obsoletas costumam ter alto custo para suporte e manutenção, além de limitar transformações de processos e automação.
Um exemplo prático é a comparação de tecnologias de virtualização com a computação em nuvem. A primeira foi essencial para escalar o uso de hardwares, porém, a segunda, traz escalabilidade, mobilidade e entrega plataformas diversas para reduzir custos com gestão.
Falaremos mais sobre tecnologias específicas nos próximos artigos e para encerrar, a sequência de prioridade de investimento deve ser:
- Segurança.
- Mudança ou evolução de tecnologias que atrapalham o trabalho (desempenho).
- Substituição de tecnologias obsoletas.
- Mudança ou substituição de tecnologias que geram alto custo com licenciamento, suporte ou manutenção.
Vale destacar que tecnologias e a área de TI em si devem ter a orientação de atender as demandas do negócio.
Essa visão é importante, pois muitas vezes os profissionais se apaixonam por determinada solução ou tecnologia e acabam deixando de buscar ou acessar as alternativas mais aderentes ao negócio.
Neste cenário, a atenção, orientação e apoio da liderança se fazem necessárias para trazer a equipe que já conhece as particularidades da empresa, para o processo de transformação.