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A relevância do ecossistema: não dá para ser especialista em tudo

Foto: Flash concept/AdobeStock

O ecossistema precisa se retroalimentar. No setor de tecnologia a importância dessa afirmação fica ainda mais evidente.

Dominamos nossa área de atuação, mas não dá para ser especialista em tudo, principalmente quando se trata de um segmento tão diversificado.

O ecossistema de tecnologia de Santa Catarina é muito rico e aproveitar o conhecimento e as habilidades do estado, formando parcerias que ajudem a elevar ainda mais o potencial local, é imprescindível. 

Santa Catarina teve o maior crescimento do país no número de empresas de tecnologia entre 2015 e 2020: 63,2%, bem acima da média nacional (26,1%).

Com 17.720 empresas e crescimento de 28,4% entre 2019 e 2020, o ecossistema de tecnologia catarinense é o sexto maior do país em número de negócios.

Já entre as capitais, Florianópolis tem a maior densidade de empresas da área por mil habitantes, seguida de São Paulo e Curitiba.

Os dados são do Tech Report 2021, estudo realizado pelo Observatório da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) e pela Neoway, com apoio da Finep. 

Olhando para os números, um ponto é claro: o potencial não pode ser questionado. Mas outro insight que precisa estar na mente dos empreendedores locais é a troca.

Não estamos aqui para competir um com o outro, mas sim para formar parcerias, somar energias e pegar essa sinergia conjunta  para levar ao mercado.

Como exemplo, trago o nosso propósito na CashWay, que é democratizar os serviços financeiros. Não vamos atingir esse objetivo sozinhos. Por isso,  incorporamos a visão de que temos nosso legado, mas também somos um hub de serviços.

Se tem um empreendedor parceiro, com a mesma visão, nossa missão é promover uma integração para que ele cresça junto com a gente. Não dá para ser especialista em tudo, precisamos buscar parceiros para nos apoiarmos. 

CONEXÃO ENTRE REGIÕES

O ecossistema de tecnologia catarinense está presente em todas as mesorregiões do estado. Ainda segundo o Tech Report, a região da Grande Florianópolis é a mais representativa, com 32,6% do total de empresas. Vale do Itajaí (26,3%) e Norte Catarinense (19%) aparecem na sequência. Com menor representatividade, as regiões Oeste, Sul e Serra somam 3,9 mil empresas atuando no setor (22,1%).

Entre 2019 e 2020, houve crescimento do número de empresas em todas as regiões catarinenses, com destaque para o Sul, com expansão de 34,2%, passando de 1.202 para 1.613 empresas. 

Embora algumas cidades, principalmente a capital, tenham maior representatividade, vemos que, mesmo nos municípios menores, nascem empresas com projetos sensacionais.

Nosso papel é ajudar a conectar esses players. E aqui me refiro não somente à empresas de tecnologia, mas também a outras organizações, como cooperativas de crédito rural, por exemplo.

O investimento que elas têm feito em inovação nos serviços financeiros ajuda produtores rurais, empresas rurais e pessoas que vivem em regiões descentralizadas a ter acesso à tecnologia financeira. Este movimento de democratização facilita a aquisição de crédito, o que ajuda a girar a roda da economia. 

Por isso, a colaboração é tão importante. Se as empresas que estão mais adiantadas no processo não se relacionarem com as que estão começando, ou que estão alocadas em áreas descentralizadas, seremos antagônicos com nosso próprio discurso. Temos que olhar com muito mais carinho para o nosso portfólio.

Enquanto empreendedores da capital, estamos numa posição de contato mais próxima com o eixo Rio-São Paulo. É nosso dever, portanto, aproximar o interior do estado dessas empresas, conectando nosso ecossistema com o restante do Brasil e mostrando a força de Santa Catarina no setor de tecnologia.

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CEO da CashWay

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