Jovens, otimistas e em busca de equilíbrio financeiro. É assim que são descritas as fintechs na mais recente pesquisa lançada pela PwC em parceria com a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs).
A Fintech Deep Dive 2022 traça um perfil desse ecossistema no Brasil, destrinchando o segmento de inovação e empreendedorismo das startups de serviços financeiros.
Os dados, colhidos em março e abril deste ano, cobriram 156 fintechs de diferentes setores de atuação e nos dão um panorama da situação atual do setor.
Quando se trata de analisar o mercado, é importante deixar de lado os achismos e olhar para os números.
Abaixo, compilei alguns dos principais pontos do estudo que podem ser interessantes para trazer insights e entender o momento real das fintechs.
DE OLHO NO PIX E NO OPEN BANKING
De acordo com a pesquisa, 72% das fintechs estão desenvolvendo soluções alinhadas para open banking e PIX e 79% já aproveitam as vantagens dessas iniciativas ou acreditam que chegarão lá em um ano.
ainda não colhemos todos os benefícios do open banking, mas algumas parcerias têm ajudado a entregar mais valor para o cliente.
Na CashWay, quando estávamos desenvolvendo a fase 2 do open banking, começamos a enfrentar desafios em relação aos prazos determinados pelo órgão regulador. Foi então que a Finansystech entrou para resolver esse problema para os nossos clientes.
Hoje, toda a plataforma CashWay, no que tange especificamente a camada de Open Banking, é gerenciada pela Finansystech.
Já as mudanças causadas pelo PIX têm causado um impacto em relação ao investimento em infraestrutura que as fintechs vêm fazendo.
Após a adesão em massa dos brasileiros ao PIX, as empresas continuam vendo novas oportunidades para explorar a modalidade de pagamento a fim de aumentar a oferta de produtos e serviços.
Na CashWay, por exemplo, por meio de parceria com a Sinqia, investimos na integração com quatro dos seis Provedores de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTIs) ativos do mercado para fornecer o PIX de forma nativa. Além de integrações com bancos liquidantes para apoiar as instituições não reguladas.
A integração direta a diferentes PSTIs possibilita à CashWay estar à frente na implementação de novas funcionalidades PIX, já que está plugada na primeira camada de troca de informações estabelecida pelo Banco Central.
EM BUSCA DE INVESTIMENTO
A pesquisa mostrou também que 80% das fintechs estão buscando investimento ou planejam buscar nos 12 meses seguintes. Nesse grupo, 60% pretendiam obter valores entre R$ 1 milhão e R$ 30 milhões.
É fato que as empresas do setor sentiram a crise causada pela pandemia: um sinal foi o aumento do percentual de empresas com crescimento zero ou negativo, que passou de 26% para 39% de 2019 para 2020. No entanto, cresceu também o grupo de fintechs com variação de receita acima de 100%.
Os indicadores de captação de investimentos entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões são outro sinal de recuperação do mercado de fintechs.
No ano passado, 49% das fintechs que receberam investimentos informam ter captado nessa faixa de valores. A CashWay foi uma delas.
No último ano, a empresa passou por uma rodada de investimentos, que incluiu um aporte de R$ 1,5 milhão da Sinqia, empresa líder em softwares e inovação para o setor financeiro no Brasil, e outro de R$ 3 milhões da Invisto, gestora de fundos de venture capital do Sul do Brasil.
A pesquisa aponta também outros dados interessantes, como perfil (68% tem menos de cinco anos de existência), planos de internacionalização (América Latina está na mira de 65% das fintechs, seguida pela Europa, com 36%), e modelo de negócio (40% das fintechs dizem ter o B2B como foco de atuação).
Estar atento ao mercado e a evolução do setor é primordial para entender as oportunidades de crescimento e mirar nos objetivos certos.
O mercado de fintechs tem muito potencial a explorar neste ano de 2022 e cabe aos empreendedores se utilizarem de dados confiáveis para deixar o ecossistema ainda mais forte e competitivo.