No mundo da inovação, fintechs são empresas altamente conhecidas pelo público, sempre nas notícias por seus relevantes aportes e crescimento no mercado. Menos conhecidas, mas tão importantes quanto, são as “techfins”. Elas são a combinação entre tecnologia e mercado financeiro, desenvolvendo soluções tecnológicas para as fintechs e instituições financeiras que trabalham com o cliente final, remodelando o cenário para ambos.
Para mostrar um pouco desses bastidores, trago alguns exemplos de como as diversas tecnologias estão impulsionando a transformação digital do mercado financeiro e como elas beneficiam empresas e consumidores.
Para as instituições financeiras: eficiência e segurança
As Instituições Financeiras estão adotando tecnologias para melhorar a eficiência operacional e a segurança. Em primeiro lugar, a automação de processos, recentemente impulsionada também pela inteligência artificial (IA) e pela aprendizagem de máquina, permite que elas processem transações mais rapidamente e com menos erros, reduzindo custos e melhorando a satisfação do cliente.
A segurança, uma preocupação constante no setor financeiro, também recebeu um grande impulso graças às techfins. A criptografia avançada, por exemplo, está sendo utilizada para garantir a integridade das transações, diminuindo significativamente a incidência de fraudes.
Da mesma forma, a adoção de soluções de armazenamento em nuvem, por exemplo, tem sido um marco para as instituições financeiras, impulsionada pela Resolução 4.893 do Banco Central, que dispõe sobre a política de segurança cibernética e sobre os requisitos para a contratação de serviços de processamento e armazenamento de dados e de computação em nuvem a serem observados pelas instituições autorizadas a funcionar no país.
Esta abordagem não só facilita a escalabilidade e a flexibilidade da infraestrutura de TI, como também aprimora a segurança e a recuperação de dados. O armazenamento em nuvem permite às instituições financeiras armazenar grandes volumes de dados com eficiência, acessá-los de qualquer lugar e a qualquer momento e, além disso, garante a continuidade dos negócios em caso de desastres. Como resultado, a implementação de rigorosos controles de segurança e conformidade às soluções de armazenamento em nuvem asseguram que os dados dos clientes permaneçam protegidos e privados.
Para o cliente final: conveniência e personalização
Do ponto de vista do cliente, aplicativos de bancos digitais permitem que os usuários gerenciem suas finanças de qualquer lugar, eliminando a necessidade de visitas físicas a uma agência bancária.
Além disso, a personalização permite que as instituições financeiras ofereçam produtos e serviços personalizados que atendam às necessidades individuais dos clientes. Isso aumenta a satisfação do cliente e também a fidelidade à marca.
Para as fintechs, oferecer uma experiência de usuário (UX) excepcional é fundamental para se diferenciar em um mercado altamente competitivo. Ela abrange todos os aspectos da interação do cliente final com o serviço financeiro, desde a facilidade de uso até a estética do design da interface. Quando bem projetada, pode reduzir taxas de abandono e construir uma base de clientes leal. Isso envolve não apenas a interface intuitiva dos aplicativos, mas também a personalização da experiência de acordo com as preferências e comportamentos do usuário, facilitando uma jornada financeira mais confortável e engajante.
Integração e colaboração para uma experiência financeira unificada
A tendência de integração e colaboração no espaço das techfins representa uma evolução significativa para o setor financeiro. Por meio do uso de APIs, diferentes serviços financeiros como bancos, investimentos e seguros podem ser integrados em uma única plataforma, oferecendo aos clientes uma experiência unificada. Isso não apenas simplifica a gestão financeira para os usuários, permitindo-lhes acessar uma variedade de serviços em um só lugar, mas também abre novas oportunidades para as fintechs desenvolverem soluções inovadoras e personalizadas. A colaboração entre diferentes entidades financeiras, facilitada pela tecnologia, promove um ecossistema mais robusto e diversificado, onde a inovação pode prosperar, beneficiando tanto as instituições quanto os consumidores finais.