A cada lançamento de coleção, marcas buscam por modelos conhecidos para conseguir grande alcance e vender suas peças. Porém hoje isso está mudando.
Balmain, a casa de moda francesa buscou por modelos digitais para apresentar ao mundo novas coleções.
Com os avanços tecnológicos utilizando inteligência artificial, vamos passar a ver cada vez mais corpos gerados em softwares 3D por algoritmos que podem se mover como humanos reais. A nova tendência de modelos não é de carne e osso.
A Balmain criou a campanha “exército virtual” formado por Shudu, e mais duas modelos digitais, Margot e Zhi, utilizando o software Clo para modelagem de tecidos e texturas, com efeitos hiper realistas, para criar as roupas e os acessórios em 3D. A Balmain não é a única!
A startup ZMO.ai, fundada por uma equipe de empresários chineses e sediada em Shenzhen, encontrou uma demanda na contratação de modelos para fotos.
Devido ao número de produtos no estoque e grande variedade dos produtos, a ZMO criou um software para ajudá-los a criar o corpo virtual completo das modelos, definindo parâmetros simples como rosto, altura, cor da pele, formato do corpo e pose.
“Estamos invertendo e encurtando o processo. Agora os clientes podem testar uma peça de roupa colocando-a em uma modelo virtual. Assim que os pedidos são gerados, o e-commerce pode começar a fabricar. Nossos clientes podem também testar que tipo de pessoa se adequaria a um determinado produto, testando-o em diferentes modelos virtuais”, comenta Ella Zhang, CEO e cofundadora da ZMO, ao TechCrunch.
O negócio, que é apoiado pela Sequoia, teve o aumento no interesse durante a pandemia, que aumentou a dificuldade em encontrar modelos estrangeiros enquanto o país entrava em rígidos controles de fronteira.
A empresa acaba de fechar uma rodada de investimento no valor de US$ 8 milhões liderada pela GL Ventures, buscando alavancar no mercado.
Para se ter ideia, um dos seus grandes clientes, a Shein, lança de 2 mil a 3 mil novos produtos por dia com a colaboração e economia nos custos da ZMO.
A ZMO também planeja aplicar o GPT-3, que usa as tecnologias de Big data e Deep Learning para imitar os padrões de linguagem natural dos humanos, assim criando a fala.
Por mais assustador que possa parecer, o recurso tornaria fácil para as empresas de comércio eletrônico produzir vídeos do Instagram e TikTok de forma rápida e muito mais barata para a divulgação de seus produtos. Nós humanos, estamos perdendo espaço para os robôs ou estamos apenas evoluindo?