Fazer uma caminhada e ser pago por isso. Ou ainda, descartar vidro corretamente e ser recompensado com um prêmio. É assim que a Moeda Verde, de Chapecó, incentiva a população a praticar atitudes sustentáveis.
O aplicativo, desenvolvido em 2018, já tem mais de 10 mil downloads feitos e aproxima o tema da comunidade por meio de gamificação.
A cada atitude sustentável, como descarte correto de resíduos, prática de atividades físicas, doações e consumo consciente, o usuário acumula pontos que, posteriormente, podem ser trocados por produtos nas mais de 50 lojas parceiras do projeto.
O idealizador da startup, o publicitário Eduardo Nicoleti, de 27 anos, conta que o Moeda Verde começou na universidade, como um projeto de pesquisa:
“Eu já trabalhava em uma empresa que tinha o selo de sustentável e esse tema me chamou atenção. Comecei a desenvolver e a conversar com empresas e população. Na pesquisa, percebi que as pessoas queriam contribuir, mas não sabiam direito como funciona isso. Também comecei a notar como as empresas olhavam para o tema”.
Depois de apresentar a ideia à banca na universidade, ele foi incentivado pelos mentores a colocar a inovação em prática e tirar o projeto do papel.
Foram 10 meses de desenvolvimento e um investimento inicial de R$ 100 mil até o aplicativo ser lançado, em março de 2019.
Hoje em dia, o Moeda Verde conta com quatro empresas patrocinadoras e com o apoio da prefeitura municipal. Além de oferecer produtos e serviços como prêmios, as empresas parceiras servem como pontos de descarte correto de resíduos.
Eduardo explica também que valorizar e ajudar a desenvolver a economia local é um dos pilares da sustentabilidade:
“Essa gamificação saudável é uma forma de esclarecermos o tema. Não é só meio ambiente. É um termo muito falado, mas ainda não há a interpretação correta. Sustentabilidade é ser parte da solução”.
Além de trabalhar o tema por meio do aplicativo, ele leva os conhecimentos e aprendizados do empreendedorismo sustentável para universidades através de palestras:
“É uma forma de retribuir. Tudo começou no ambiente universitário e esse público é muito aberto para receber e aplicar a sustentabilidade. Com isso, estamos difundindo a ideia de uma maneira que alcance o futuro da comunidade”.
PRÓXIMOS PASSOS
Para 2021, os planos são de crescimento. Em fevereiro, a startup vai se mudar para a incubadora do Parque Tecnológico Chapecó, onde poderá unificar a equipe e continuar desenvolvendo o aplicativo.
Também passarão a atuar em outras duas frentes: oferecer a solução para grandes empresas, para que incentivem ações sustentáveis internamente, e expansão para outras cidades.
Os primeiros municípios mapeados são Barão de Cotegipe e Erechim, no Rio Grande do Sul.