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Startup desenvolve app para gestão de clubes de futebol e mira mercado internacional

Crédito da foto: Carolina Werlang

Controle de todo um time na palma da mão. Informações precisas sobre um atleta, desde minutos em campo durante a temporada até os horários de sessão de fisioterapia com poucos toques e cliques. Esses são os dados que a BeatsCode, startup de Chapecó, reúne em sua solução para gestão de clubes de futebol. 

O desenvolvimento surgiu após os sócios Rodrigo Juko (CEO) e Gustavo H. Knob (CTO) notarem a falta de tecnologia para ajudar os clubes. Com isso, a empresa, cujo foco inicial era criar aplicativos customizados, pivotou para entrar em campo. 

“Em 2014, fechamos uma parceria com a Chapecoense para divulgar notícias para o clube. Nessa aproximação com o time, recebemos uma ligação do departamento de futebol, porque tinham problemas para resolver. Não havia, ainda, uma tecnologia para automatizar informações de treinos, histórico de atletas ou até mesmo do clube. Ficava na mão de um profissional e, quando ele ia embora, levava todo o trabalho com ele”, explica o empresário.

A parceria com a Chape se firmou em 2015 e, ao fazer uma pesquisa de mercado com outros clubes, como Internacional, Grêmio e Athletico Paranaense, a startup notou que 90% da gestão era feita em planilhas de Excel. Depois de um ano de desenvolvimento, a entrega para a Chapecoense simbolizou a nova fase da startup. 

“Fomos nos desligando dos outros projetos que não fossem ligados ao futebol e passamos a focar na gestão esportiva”, lembra Rodrigo.

Além disso, outro incentivo que levou a mudança do rumo da BeatsCode foi um recurso captado por meio da Sinapse da Inovação, do Governo do Estado, que totalizou em R$ 90 mil, entre subvenção e bolsa para pesquisador. 

A solução iniciou com uma plataforma web, para gestão, e aplicativo para informaçõess do dia-a-dia como programação semanal do clube (horários de treinos, reuniões técnicas, etc), calendário de competições, penalidades de um atleta e a parte logística de jogos. 

“Quando um jogador era convocado, faziam o cronograma no papel, desde a hora da apresentação até a data do voo. Se, no meio do caminho, houvesse alguma alteração, tinham que fazer tudo de novo. Nós automatizamos isso”, conta Rodrigo

Outra função adicionada nas versões mais atualizadas da solução foi o processo de produtividade do atleta, tabela de salários, controle nutricional, prontuário médico e sobre atletas alojados nas categorias de base. 

“Começamos a entender que existe uma cadeia. Desde a entrada do menino no sub-10, são vários controles de informação, e é nisso que estamos trabalhando. Para ter tudo isso, relatórios vão acompanhar a vida toda do atleta”, explica o CEO.

Apesar da pausa nos campeonatos no ano passado por causa da pandemia, o ano foi produtivo na parte de desenvolvimento e melhorias do sistema. 

Atualmente, a BeatsCode atende clubes como: Palmeiras, Internacional, Santos, Atlético Mineiro, Botafogo e times do campeonato catarinense, totalizando 12 clubes administrados por uma equipe de seis pessoas. 

Para este ano, as expectativas são de expansão, tanto de equipe, quanto de clientes, e até de modalidades esportivas. 

“Estamos estudando para atender times de vôlei e futsal. Com o nosso sistema atual, conseguimos atender 90% da gestão de outras categorias esportivas. Queremos estruturar 100% para oferecermos o serviço com tranquilidade”, revela Rodrigo.

PRÓXIMOS PASSOS

Ainda no futebol, a BeatsCode busca a parceria da Confederação do Esporte e investidores para a nova fase, que será vivida no Parque Tecnológico Chapecó. A startup também está em negociação com times da Bahia e até mesmo de Dubai e do Estados Unidos, ficando a apenas um passo da internacionalização. 

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Jornalista e repórter do Economia SC

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