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O cooperativismo como agente transformador de pessoas e comunidades

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Foto: divulgação

Em 1844, no interior da Inglaterra, a população enfrentava problemas com o modelo econômico praticado, que visava apenas lucro. Diante disso, um grupo formado por 28 pessoas enxergou no associativismo uma forma mais equilibrada de se organizar social e economicamente. O novo modelo colocava as pessoas no centro do negócio e distribuía a renda de maneira mais justa e democrática. O grupo foi chamado de “Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale”, a primeira cooperativa moderna do mundo.

Anos mais tarde, em 1923, foi instituído pela Organizações das Nações Unidas (ONU), em parceria com a Aliança Cooperativa Internacional (ACI), a primeira celebração do Dia Internacional do Cooperativismo. A data mobiliza cooperativas de todo o mundo em ações coletivas para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. O movimento é incentivado ao longo de todo o ano, como parte dos princípios do cooperativismo.

Aliás, todo o movimento cooperativista é guiado por sete princípios. Nos dois primeiros aprendemos sobre a adesão voluntária e livre, no qual partimos da ideia de que a conexão dos associados é uma escolha, uma decisão aberta que envolve liberdade, mas também responsabilidade e comprometimento. E sobre a gestão democrática, que norteia a participação de todos na formulação das políticas e tomadas de decisões, sempre visando o bem comum.

No terceiro princípio abordamos a participação econômica, que deixa claro o papel de uma cooperativa como modelo econômico sustentável. Neste modelo que valoriza as pessoas, o capital está como meio e não como um fim, por isso parte dele é de propriedade comum dos associados. Uma visão de mundo que está conectada também ao quarto princípio do cooperativismo: a autonomia e independência. É este que garante a administração sem interferências externas e sempre prezando pela coletividade dos cooperados.

O quinto princípio serve como base para a construção de uma sociedade mais equilibrada, já que trata da educação, formação e informação de seus associados. Este, podemos chamar de princípio de ouro já que ele desenvolve uma consciência do cooperado em relação ao conhecimento e entendimento dos demais, e é colocado em prática pela cooperativa por meio de capacitação a seus associados, a intercooperação, o sexto princípio, fortalece o movimento cooperativista e o trabalho em conjunto na cooperação entre as cooperativas e demais entidades da sociedade organizada. E finalizando, com sétimo princípio: o interesse pela comunidade, que mostra resultados práticos para as pessoas, comunidades e seu entorno, completam um ciclo que promove constantemente o desenvolvimento não só dos membros da cooperativa, mas para o bem comum.

Foi a partir do interesse de fazer a diferença por meio do cooperativismo e tendo estes como princípios, que a Viacredi foi constituída em 1951, em Blumenau (SC). Cooperativa da qual faço parte desde 1981, acompanhando sua história e de seus cooperados. Uma instituição com mais de 70 anos de trajetória, mais de 850 mil cooperados, uma atuação presencial em Santa Catarina e no Paraná e um atendimento digital em todo o país.

Com o propósito de unir pessoas para transformar vidas, seguimos comprometidos com os princípios cooperativistas, com nossos cooperados e com as comunidades onde estamos presentes, para que, assim, possamos celebrar diariamente o Dia Internacional do Cooperativismo!

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diretor executivo da Viacredi

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