Muita gente se questiona qual o melhor momento para a tomada de crédito. A resposta depende de cada caso, mas em todos eles, é preciso sempre avaliar a taxa de oportunidade. Isso significa que é importante analisar como o crédito será utilizado e qual benefício será obtido com o uso desse recurso. Por exemplo, com o valor obtido, é possível realizar a compra de um bem por um bom preço, a aquisição de um serviço que irá suprir uma necessidade urgente, ou até mesmo um investimento em algo que será, futuramente, revertido em renda.
Dentro do real cenário econômico, o crédito exerce um efeito multiplicador e acelerador. O recurso entra em uma determinada região e logo faz a roda da economia girar. Com o dinheiro circulando, tudo se movimenta num ritmo mais acelerado, realizando um círculo virtuoso que multiplica a geração de riqueza para toda a população.
Para exemplificar um pouco mais como essa roda gira, basta olhar para o cenário atual. Em um período em que muito se ouve sobre “não ser a melhor hora para se utilizar o crédito”, precisamos reforçar que, quando feito de forma consciente e planejada, o crédito se torna uma alavanca para a economia, gerando trabalho e renda para milhares de pessoas, direta e indiretamente.
Na prática, vemos isso acontendo por meio de empreendedores locais. Segundo o Ministério da Economia, hoje, 99% das empresas brasileiras são de micro ou pequeno porte. Responsáveis por 29% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, são elas também que mais utilizam o crédito como uma ferramenta para alavancar seus negócios.
Segundo informações do Sebrae, são estas as empresas que geraram o maior número de empregos formais, no primeiro semestre do ano. Dos aproximadamente 1,33 milhão de postos de trabalho criados no Brasil de janeiro a junho, mais de 960 mil, originaram-se em pequenos negócios, equivalente a 72,1% do total.
Diante disto, as cooperativas de crédito são o exemplo perfeito de uma instituição que atua como agente de desenvolvimento e que impacta toda a economia local. Isto, porque as cooperativas atuam na base, junto às pessoas e pequenos empreendedores. Elas apoiam com crédito e outros instrumentos, com a promoção de ações de orientação e educação financeira, cooperativista e empreendedora, exercendo um papel transformador. Esse modelo de negócio participativo e educativo, torna cada cooperado um agente acelerador dos negócios locais, do desenvolvimento sustentável e consciente das comunidades.