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Propósito e sustentabilidade reforçam pertencimento de profissionais

Natália Pruchneski. Foto: divulgação

Empresas com propósito estão cada vez mais entre as escolhas, não só por consumidores, mas por quem busca posicionamento profissional.

É o que diz a pesquisa da Euromonitor International. No último ano, 73% dos colaboradores acreditam que as iniciativas de sustentabilidade são essenciais para o sucesso e 50% acreditam que atuam em uma empresa focada no propósito.

Uma forma de saber se a empresa segue boas condutas, por exemplo, é pelo selo Great Place to Work, consultoria global que reconhece e certifica os melhores ambientes de trabalho em todo o mundo.

Em Santa Catarina, o ranking foi puxado pela Teltec Solutions, de Florianópolis. A empresa de tecnologia vem remodelando sua cultura há mais de 6 anos e buscando oferecer ao colaborador um lugar onde ele queira fazer a carreira, bem como ajudar no desenvolvimento da sociedade. 

“Buscar o selo também é uma forma de permitir que os colaboradores vivenciem as ações da empresa. Começamos aplicando pesquisas de clima com a metodologia GPTW para entender os gargalos de negócio e a vivenciar a realidade. Identificamos gaps, o que precisava ser evoluído, focado e colocar ações em prol desse objetivo”, revela a coordenadora da área de Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO), Natália Pruchneski.

Dentre as práticas que levaram a empresa a conquistar o topo do ranking no estado e o 33º lugar do país, estão as voltadas ao cuidado. 

Durante a pandemia, com os colaboradores em casa, a empresa passou a oferecer auxílio psicológico e criou o comitê Safe Solutions, onde há um canal de atendimento médico para tirar dúvidas, dar direcionamento e suporte às pessoas com sintomas do coronavírus. Além disso, foi entregue um kit com materiais de prevenção.

“A pandemia nos uniu muito. Antes, a participação das pessoas era algo pontual, hoje já é mais coletivo e um fator determinante para isso foi a transparência na comunicação e no trabalho com os líderes”, complementa a coordenadora.

Ela conta que um dos pilares do propósito da empresa é a cultura de retribuição à comunidade, num programa chamado de Giving Back:

“Engajamos os colaboradores e atuamos com a visão de olhar para o outro, inclusive com tecnologia. Instalamos Wi-Fi na praça Monte Serrat, no centro da capital. Um zelador me contou que ele usou essa rede para ajudar o filho a estudar durante a pandemia. Temos esse viés de responsabilidade social”. 

Para a colega de trabalho, Kellyn Mafra, também há 6 anos na empresa, esses pilares da marca vão de encontro com os valores pessoais, o que contribui com a motivação no trabalho:

“Trata-se de algo verdadeiro. Muitas vezes, nossos diretores que dão as melhores ideias e os melhores desafios para que possamos fazer além. É sempre motivador estar em um lugar onde é possível ter essa sensação de pertencer”.

Outra forma de saber se a empresa tem um propósito é avaliar se o discurso de cultura condiz com as práticas realizadas. Nas palavras de Maurício Rodrigues, CEO da Openbox.ai, “as ações precisam fazer sentido”.

Fundada em 2018, a fintech especializada em antecipação de recebíveis, fornece taxas ainda menores para empresas com ações sustentáveis. 

“Queremos mudar o mercado com sustentabilidade. Efetivamente, estamos fazendo história. Sabemos que tem desafios, mas vemos que o movimento está acontecendo”, destaca o empresário.

A ideia de oferecer “algo a mais” foi desenhado junto com o projeto de criar a empresa. Para a head de Propósito e Comunicação da startup, Yazmín Trejos, as ações precisam ser condizentes com o discurso. Dessa forma, o colaborador passa a acreditar na empresa:

“Só 13% dos funcionários do mundo se sentem envolvidos em seu trabalho. É necessário gerar um significado, pois estamos lidando com novas gerações. No nosso entendimento, propósito é quando você conecta sonhos e ambições internas de uma empresa com uma necessidade da sociedade e  contribui com ela”.

Os efeitos da cultura da fintech são sentidos tanto por gestores quanto pelos colaboradores, como Lennon da Silva Rocha, Desenvolvedor de Sistemas e Infraestrutura Cloud na startup há pouco mais de um ano.

Para ele, a motivação surge de um ambiente que é tanto acolhedor e descontraído, quanto focado e assertivo:

“Numa época de crises sanitárias e problemas climáticos, ser parte de uma empresa que tem a sustentabilidade como pilar fundamental e que vê seus colaboradores como sua ferramenta concreta de impacto social, significa estar inserido num ambiente onde todas e todos entendem o sentido de sua atuação nos nossos processos diários e que fazer mais, tanto por seus colabores quanto pelo ecossistema em que está inserida, não são coisas diferentes”.

Durante a pandemia, a Openbox.ai também criou um programa voltado à saúde dos colaboradores. O Staying Alive visa cuidar do bem-estar emocional e financeiro da equipe, oferecendo suporte necessário para evitar crise, como sessões de terapia individuais e até um auxílio financeiro extra.

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Jornalista e repórter do Economia SC

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